Acordo nuclear entre Brasil e o presidente Mahmoud Ahmadinejad causou o cancelamento, diz produtora. Biografia, que estrearia em salas americanas no ano que vem, está agora sem nenhuma previsão de distribuição nos EUA. O filme "Lula, o Filho do Brasil" corre o risco de ficar de fora do circuito de salas de cinema nos Estados Unidos.
Segundo a produtora Paula Barreto, irmã do diretor Fábio Barreto, os planos de sucesso da cinebiografia no maior mercado de cinema do mundo teriam naufragado após o acordo nuclear negociado por Brasil e Turquia com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Imagens de Lula celebrando com o Ahmadinejad teriam vinculado demais o nome do presidente brasileiro ao regime islâmico.
Ahmadinejad é conhecido por negar o Holocausto judeu na Segunda Guerra Mundial e prometer a destruição de Israel. A possibilidade de o Irã desenvolver uma bomba nuclear é hoje a principal preocupação da comunidade judaica nos Estados Unidos.
"O distribuidor é judeu e nos disse que era inviável exibir o filme num cinema onde a maioria do público é de judeus", afirmou Paula.
A previsão da distribuidora era estrear "Lula, o Filho do Brasil" por lá em 2011. O plano era repetir a estratégia usada em "Dona Flor e Seus Dois Maridos", começando por Nova York, em uma sala do Lincoln Plaza, e, depois, estendendo para salas nas principais cidades dos EUA.
A página de divulgação de "Lula, o Filho do Brasil" na internet cita a distribuidora norte-americana Miramax como parceira no projeto. A Miramax tem entre seus fundadores o judeu Harvey Weinstein, um dos mais influentes executivos do cinema americano. Vânia Carvalho – Folha de São Paulo
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