"HELP Sakineh Mohammadi Ashtiani" - Um abaixo-assinado virtual aberto há cerca de um mês na internet reúne milhares de assinaturas, e deu impulso mundial à campanha pela libertação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por lapidação (apedrejamento). É o que informa Gabriela Manzini, na edição desta terça-feira na Folha. O documento conta com mais de 114 mil assinaturas, a maioria sem valor real. São pessoas identificadas apenas pelo primeiro nome e manifestações políticas como: "E agora Lula?"
A lista, contudo, tem também assinaturas verídicas de célebres brasileiros, como a de Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque e Caetano Veloso. Contatado pela reportagem, o ex-presidente confirmou: "Fui eu que assinei". Chico também confirmou a assinatura, mas Caetano não pôde ser localizado, segundo a matéria. Entre os estrangeiros famosos estão Shirin Ebadi, iraniana Nobel da Paz, Michael Bloomberg, o prefeito de Nova York, e Yoko Ono.
Farshad Hoseini, diretor do Comitê Internacional contra Lapidação e autor do documento, explica que a ideia é que a pressão internacional chegue ao governo iraniano.
Mãe de dois filhos, Ashtiani recebeu 99 chicotadas após ter sido considerada culpada, em maio de 2006, de ter uma "relação ilícita" com dois homens. Depois, foi declarada culpada de "adultério estando casada", crime que sempre negou, e condenada a morte por apedrejamento.
O anúncio de que a aplicação da pena poderia ser iminente despertou uma grande mobilização internacional, e países como França, Reino Unido, EUA e Chile expressaram suas críticas à decisão de Teerã. O governo islâmico disse então que suspenderia a pena, até segunda ordem.
Para assinar a Petição - clique aqui
CRUEL, LAPIDAÇÃO REMETE A OUTRAS PENAS DE MORTE
Cruel, a morte por apedrejamento existe, como lei, no Irã, Paquistão, Sudão, Arábia Saudita e Líbia. Na lei iraniana, o réu fica parcialmente enterrado -até a cintura, se homem, até o peito, se mulher - e é atingido por pedras que não podem ser pequenas nem tão grandes que matem depressa.
O método remete a outras penas de morte que caíram no esquecimento, devido à crueldade. Uma delas é a morte por fuzilamento, que voltou à tona em junho ao ser escolhida por Ronnie Lee Gardner, em Utah (EUA). Foi o terceiro fuzilamento realizado no país desde 76. Condenado por homicídio, Gardner preferiu o fuzilamento à injeção letal. Folha de São Paulo
OUTRAS OITO EXECUÇÕES PENDENTES NO IRÃ
É o que informa o Newsweek de hoje. “A notícia do iminente apedrejamento de uma mulher iraniana por suposto adultério desencadeou um movimento global para salvá-la. Mas, infelizmente, seu caso não é uma anomalia. Existem outros oitos casos pendentes na fila da execução” . Você pode continuar lendo aqui
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