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17 de julho de 2010

Ruas fechadas, caos no trânsito e militantes pagos

Aliada à chuva, a mobilização em torno do comício da chapa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, provocou transtornos ontem no fim de tarde, no Centro do Rio. Cabos eleitorais dos partidos da coligação que apoia a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB) começaram a ocupar a Candelária no início da tarde. Às 16h30m, a Guarda Municipal fechou a Avenida Rio Branco, impedindo a passagem de carros. A partir daí, centenas de pessoas com bandeiras e cartazes seguiram para lá. E o trânsito em volta virou um caos.

Claque de Picciani recebe R$300 por semana


Entre os cabos eleitorais destacou-se o grupo de apoio ao candidato Jorge Picciani (PMDB), que reuniu o maior número de pessoas. Apenas do bairro de Anchieta, na Zona Norte, partiram dois ônibus com aproximadamente 100 pessoas.

- Sempre fiz campanhas para Picciani. Deixo de lado o trabalho para ficar só por conta da eleição - disse o técnico de som Valter Brum, de 29 anos, que informou receber R$150 por semana para acompanhar a agenda do candidato do PMDB.

O mesmo valor recebe a estudante de direito Ana Cláudia Cavalcanti, de 25 anos, moradora da Vila da Penha.

- Essa é a terceira campanha de que participo. Já trabalhei para o Rubem Medina (PFL) e depois para o Brizola Neto (PDT). Com o Picciani é a primeira vez - contou.

Moradora de Itaboraí, a professora Carla de Castro, de 27 anos, disse que recebe R$1.200 por mês para acompanhar a agenda da coligação do governador em sua região.

- Costumo acompanhar os candidatos do partido. Mas, quando há algum evento importante com a presença do governador, todo mundo vem - explicou a professora, que integra uma equipe com aproximadamente cem pessoas, todas pagas, segundo o grupo.

Já o estudante Tiago Fernandes, de 27 anos, saiu do município de Queimados acompanhado por 15 amigos da ala Juventude do PMDB. Ao responder se ganhava algo para estar ali, Tiago recebeu um cutucão de um colega e acrescentou:

- A gente está aqui por amor ao PMDB. – O Globo

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