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23 de julho de 2010

Tríplice Fronteira: o refúgio para o terror

Redes de apoio a grupos islâmicos na fronteira incluindo Brasil, Paraguai e Argentina

Longe de querer desviar o foco que hora ilumina o [já conhecido] santuário dos terroristas na Venezuela, esta notícia do Washington Times, "Tríplice Fronteira - o refúgio para o terror", publicada na semana passada, me fez pensar na possibilidade de que essa acusação da Colômbia contra a Venezuela, na OEA, ao contrário das outras vezes, tem um propósito cuidadosamente calculado para desencadear o belicismo de Chávez, de forma que os países ameaçados por sua aliança com o terror possam agir mais contundentemente.


Afora a questão do abrigo à narcoguerrilha colombiana, da relação umbilical de Chávez com o Irã, as Farc (e demais grupos guerrilheiros) potencializaram seu poder de destruição na América Latina ao se aliarem com o terror islâmico. Portanto, não apenas a Colômbia está vítima do desastre alimentado por Chávez, mas o Continente como um todo, incluindo os EUA.

Na semana passada, o Jorge Serrão publicou um material sobre uma investigação da PF e do EB na Tríplice Fronteira. Uma possível conexão entre as ameaças de bomba aos aviões da Air France, com destino a Paris, e as células terroristas abrigadas naquela região.

Portanto, forçar uma resposta agressiva de Chávez à Colômbia pode ser “a deixa” que alguns países precisam para poder agir, "mais efetivamente”, contra àquele que, juntamente com Cuba, está patrocinando o terror na região. A Colômbia não está jogando sozinha essa parada!

Ah...claro! O apoio de Lula ao terrorismo internacional, incluindo o islâmico, seguramente que deve ter corroborado para mover as peças desse tabuleiro. Texto do FiladaSopa


Segue tradução da matéria: TRÍPLICE FRONTEIRA - O REFÚGIO PARA O TERROR - Por Martin Arostegui. Na Foto, o almirante James Stavridis

A captura de um membro chave do grupo militante islâmico Hezbollah no Paraguai, no mês passado, intensificou a atividade de grupos de esquerda na zona da Tríplice Fronteira - Paraguai, Brasil e Argentina, colocando em relevo novas ameaças em uma região por muito tempo considerada um centro para os terroristas.

As autoridades paraguaias prenderam Moussa Ali Hamdan na Cuidad del Leste, em 15 de junho, passado, com a ajuda de FBI, que seguiu o fugitivo até a zona da Tríplice Fronteira. Hamndan é um libanês-americano acusado de tráfico e de roubos para ajudar a financiar o Hezbollah com dinheiro e documentos falsos.

“Atuamos atendendo ao pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, para a extradição de Hamdan, disse o ministro do interior do Paraguai, Rafael Filizzola.

Hamdan escapou de ser preso nos EUA no ano passado, e fugiu para o Paraguai - para a zona porosa da Tríplice Fronteira, onde dezenas de milhares de libaneses, sírios e outros do Oriente Médio vivem e realizam comércio nas fronteiras. Embora os funcionários na área neguem a presença de grupos terroristas, as autoridades americanas afirmam que a zona da Tríplice Fronteira está repleta de atividades comerciais para financiar esses grupos. Há muita circulação de dinheiro na região onde esses grupos operam.

Recentemente, funcionários da segurança americana manifestaram preocupação com a presença crescente de indivíduos do Oriente Médio em toda América Latina, onde membros do Hezbollah e outros grupos têm sido detectados em vários países, incluindo Venezuela e México.

"As redes terroristas islâmicas estão presentes na área da Tríplice Fronteira, bem como em outros países da região", afirmou recentemente o almirante James Stravidis, ex-chefe do comando Sul dos EUA, em declarações ao Congresso.

"Existe na região uma forte rede de apoio financeiro ao Hezbollah, bem como simpatizantes ativos. Também estão presentes grupos sunitas como o Hamás. Conhecidos membros do Al-Qaeda viajaram para a América Latina e Caribe, e alguns terroristas radicais islâmicos já foram presos na região ", afirmou o almirante Stavridis, ao Congresso.

Com base no Líbano e respaldado pelo Irã , o Hezbollah em 2006 foi acusado pelo atentado de 1994, contra o centro comunitário judaico em Buenos Aires, que matou 85 pessoas - o pior atentado na história da Argentina. Funcionários da inteligência dos EUA descobriram ligações entre os cartéis mexicanos de droga com o Hamás, e outros grupos islâmicos na zona da tríplice fronteira.

As autoridades de vários países latinoamericanos relataram a expansão das atividades de grupos esquerdistas locais vinculados com o principal grupo insurgente da Colômbia - as Farc.

Enquanto que as Farc estão enfraquecidas dentro da Colômbia, depois de uma série de golpes por parte das forças governamentais, outros grupos de esquerda que adotam as mesmas técnicas da guerrilha colombiana - seus métodos operacionais e estratégias - estão proliferando em outros lugares.

O Sendero Luminoso, guerrilheiros do Peru, que estavam à beira da extinção há alguns anos, regressaram à região central dos Andes, onde retomaram o controle das plantações de folha de coca nos vales remotos; fator que tem contribuído para o recente aumento de produção de cocaína no Peru.

O governo de centro-esquerda paraguaio, Fernando Lugo, foi forçado a declarar estado de sítio na metade do país, mobilizando até 3.000 policiais e tropas do exército, para fazer frente a uma campanha terrorista levada a cabo pelo Exército do Povo Paraguaio " (EPP), a facção armada do partido radical de esquerda que anteriormente apoiava Lugo.

"O EPP é um grupo pequeno, mas muito perigoso e tem ligações operacionais e de formação com as Farc, afirmou Filizzola. As autoridades descobriram mensagens entre o Paraguai e os líderes da guerrilha colombiana nos registros do computador de Raúl Reyes, o comandante da guerrilha que foi morto em um ataque do governo colombiano em 2008, em um acampamento das Farc no Equador.

Também foram interceptados emails entre o fundador do EPP, recentemente preso, Severiano Martins, e o “chanceler” das Farc, Rodrigo Granda, que foi arrancado de seu esconderijo na Venezuela em 2005, por uma equipe secreta que o entregou para enfrentar as acusações na Colômbia. As mensagens mostram que o EPP estava recebendo conselhos das Farc sobre sequestros e gestão.

Recentemente, o temor de um ataque do EPP provocou a retirada de uma equipe médica militar americana que estava programada para participar de uma missão cívica, em uma ação conjunta com o exército paraguaio, em regiões profundamente empobrecidas do norte, onde estão os redutos dos insurgentes.

Mapas de satélite mostrando a localização prevista para os hospitais de campanha e outras instalações do Exército americano foram encontrados, escondidos na cidade de Kurus de Hierro, em poder do EPP, onde membros do grupo atuavam no conselho escolar local. De acordo com os relatos do principal jornal do Paraguai, o ABC , um complô para assassinar ou seqüestrar americanos encontrava-se em "fase avançada ".

“Se o EPP se envolver com as redes terroristas internacionais, assim como o poderoso crime organizado brasileiro do narcotráfico, o PCC, a situação poderá sair completamente do controle”, afirmou o ministro do interior do Paraguai.

Três fugitivos do EPP procurados pelo Paraguai, pelo seqüestro da esposa de um senador, conseguiram asilo no Brasil. ."Estamos tentando extraditálos, porém é complicado provar”, disse Filizzola. The Washington Times – matéria de 14 de julho de 2010. - Tradução do FiladaSopa

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