Perseguição constrange herdeiros da empresa. Governo tenta provar na Justiça que a presidente do Grupo Clarín adotou filhos de desaparecidos da ditadura. A guerra dos Kirchners contra o Grupo Clarín chegou ao nível pessoal, com perseguição à família que controla a holding. Desde 2008, o governo tenta provar na Justiça que os dois herdeiros do grupo, Marcela e Felipe Herrera de Noble, ambos de 36 anos e adotados em 1976 por Ernestina Herrera de Noble, são filhos de desaparecidos da ditadura.
A divulgação do resultado de um exame de DNA foi suspensa há três semanas depois que o Banco Nacional de Dados Genéticos (BNDG), ligado ao governo, declarou que as amostras de material genético obtidas eram insuficientes para a comparação com o DNA de parentes de desaparecidos. A coleta, porém, marcou um dos episódios mais sujos da disputa entre a família Herrera e o governo.
Em dezembro, os dois herdeiros submeteram-se à extração de sangue no Corpo de Medicina Legal de Buenos Aires, subordinado ao Judiciário argentino. A cessão voluntária, no entanto, não foi aceita pelo juiz que cuida do caso, Conrado Bergessio.
Agentes do BNDG, então, invadiram a casa da família, em maio, e, sob a mira de armas e na presença de sete policiais, obrigaram os dois a ficarem nus e confiscaram meias e peças íntimas em busca de material para o teste de DNA. Os agentes também apreenderam escovas de dentes e de cabelos.
LEIA TAMBÉM: Cristina Kirchner aperta cerco e tenta atingir finanças do Grupo Clarín – Por Ariel Palacios - Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário