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31 de agosto de 2010

Chávez vai roubar as eleições parlamentares?

O papel crucial das FALSAS PESQUISAS para amparar uma fraude eleitoral

O texto abaixo trata sobre o “caminho” que o caudilho-necrófilo poderá seguir para fraudar as próximas eleições em setembro. Parece que o Chávez andou se inspirando e tomando lições, por aqui, com a campanha da petista. Isto, sem falar que as urnas eletrônicas de lá, da Venezuela, são mais confiáveis que as nossas, segundo o especialista Brunazo, pois elas emitem um comprovante impresso que é depositado nas urnas convencionais. Por FDS (Arthur)


Texto de Carlos Alberto Montaner
A situação na Venezuela está se tornando perigosamente tensa. Ramón Guillermo Aveledo diz que as eleições parlamentares de 26 de setembro podem ser as últimas no país. Aveledo, um prestigiado advogado, escritor e ex-presidente do Congresso, é o secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática, a organização aglutinadora da oposição unida.


O que está acontecendo no país? Possivelmente, Hugo Chávez poderá perder, então ele está procurando uma maneira de adulterar os resultados. Há um mês das eleições, a pesquisa mais confiável - da Consultores 21, conforme divulgado pelo perito Joaquín Pérez Rodríguez - dá a vitória à oposição, 52 a 42%.

Esta circunstância se vê reforçada por uma outra pergunta que é ainda mais reveladora. Quando os eleitores são perguntados se gostam ou rejeitam Chávez, 37% dizem que gostam e 56% não.

Obviamente, a popularidade de Chávez caiu vertiginosamente, pelo menos, por cinco razões poderosas:

• A violência insuportável que converteu Caracas em uma das cidades mais perigosas do mundo, e todas as cidades da Venezuela em um matadouro com mais vítimas que no Iraque, segundo relatou The New York Times. Quase 120 mil pessoas foram assassinadas desde que Chávez chegou ao poder. A violência aumentou quatro vezes.

• Toda a sociedade detesta a existência de grupos armados paramilitares a serviço do governo. A CNN chamou de os “Guardiões de Chávez” em um excelente documentário que sacudiu o país. Sua missão consiste em amedrontar e maltratar a população.

• A infinita torpeza de um governo que, apesar de receber uma enxurrada de petrodólares, é incapaz de abastecer os mercados, de conservar os alimentos (milhões de quilos apodreceram nos armazéns do governo); de fazer a manutenção da infraestrutura, dos equipamentos dos hospitais. Com razão, os venezuelanos percebem que nenhum outro país da América do Sul é tão mal governado.

A ocupação incômoda da Venezuela por cubanos e a doação de grande parte da riqueza da Venezuela para Havana, Manágua, Bolívia e para o resto da família faminta do socialismo do século 21. Com esses subsídios, Chávez compra sua importância internacional e promove o mais alto nível de corrupção já conhecido na Venezuela - o que é dizer muito.

• O desaparecimento de qualquer vestígio do Estado de Direito e a vulnerabilidade da sociedade, com juízes que respondem apenas ao poder político, e com forças policiais que não prendem os criminosos (93% de todos os assassinatos ficam impunes), mas prendem adversários políticos e fabricam provas.

Caso em questão - Alejandro Peña Esclusa, um engenheiro e líder da oposição, bem conhecido e respeitado em toda a América Latina, a quem o governo vinculou a um absurdo complô terrorista que ninguém acredita, mas que o governo usa para mantê-lo na cadeia, sem direito à fiança. [Na sexta-feira, segundo a AP, ele foi acusado de ocultar explosivos em sua casa - acusações que ele chamou de farsa em comentários enviados de sua cela]

O que fará Chávez, diante da possibilidade muito real de que seus adversários assegurem uma maioria no Congresso? A teoria que a oposição mais teme é que ele ignore os resultados. Como? Ao fabricar uma sequência que protegerá a fraude. É mais ou menos assim:

• Em primeiro, algum outro instituto de pesquisa eleitoral controlado pelo governo diria que o partido de Chávez está à frente da oposição e forneceria alguns números favoráveis.

• Em segundo lugar, no dia da eleição, algum outro instituto emitiria uma pesquisa de boca de urna confirmando as pesquisas anteriores.

• Em terceiro lugar, às altas horas da noite, o Conselho Nacional Eleitoral, que diz ou faz caso omisso do que é dito, emitiria os dados finais obtidos pelos meios eletrônicos, que se assemelhariam àqueles das falsas pesquisas inciais.

É por isso que Aveledo diz que estas eleições podem ser a última. Se os venezuelanos permitirem que a vitória seja arrancada deles, a conclusão que os democratas vão chegar é que no futuro não fará sentido participar em eleições fraudulentas, onde a oposição é pisoteada, antes, durante e depois da viagem às urnas.

“Eles podem evitar a fraude?” perguntei ao ex-embaixador da Venezuela, Thor Halvorssen. Sua resposta: “Somente se eles sairem para votar em massa e se eles estiverem dispostos a defender seus votos nas ruas, a qualquer preço e por quanto tempo seja necessário, como já fizeram os ucranianos certa vez”.

Veremos!

Fonte MiamiHerald – Tradução de Arthur (FDS)

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