Fazendas no Pará ardendo em chamas: “O pior é que as autoridades nada fazem. É terra sem lei”
As florestas de cinco fazendas do sul do Pará estão ardendo em chamas. Os fazendeiros acusam invasores sem terra de provocar os incêndios para forçar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a desapropriá-las. Em Santana do Araguaia, três mil hectares da fazenda Cristalino foram consumidos pelo fogo. Em outra área do município, que faz fronteira com o estado de Mato Grosso, grandes extensões de mata foram queimadas nas fazendas Vitória Régia, Ouro Verde e Quixadá.
Em Marabá, o incêndio atinge 4,8 mil hectares da fazenda Pioneira, 1.500 dos quais foram completamente destruídos. Os incêndios estão prejudicando o pouso e decolagem de pequenos aviões. Milhares de cabeças de gado estão sendo removidas pelos fazendeiros de uma fazenda para outra. A fumaça também coloca em risco o tráfego de veículos pelas estradas da região. O corpo de bombeiros de Marabá não possui estrutura para combater os incêndios. “Como estamos em ano eleitoral, aqui no Pará as invasões e os incêndios criminosos se multiplicam”.
O pior é que as autoridades nada fazem. É terra sem lei”, desabafa o fazendeiro Luiz Ernani Bastos. No caso da fazenda Pioneira, o problema é ainda mais grave. Espécies nativas, como a castanheira, protegida por lei, também foram destruídas. O gerente Geraldo Diniz, da Carajás Florestal, empresa que administra a propriedade, acusa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) de destruir com fogo uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN). Desde 2007 a Fetraf mantém invasores na área, mas nega ter incendiado a mata. Agência Estado (Carlos Mendes)
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A coligação “Juntos com o Povo” ingressou ontem, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com representação para que seja instaurada investigação judicial eleitoral contra a governadora Ana Júlia Carepa, que disputa a reeleição, e seu candidato a vice-governador pela coligação “Acelera Pará”, Anivaldo Vale, acusando-os de “abuso de poder econômico e político, por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais, e por captação ilícita de sufrágio”. Assinada pelos advogados Alexandre Ferreira, Marcelo Albuquerque Lima e Rodrigo Chaves Rodrigues, a representação quer também a cassação dos registros ou dos diplomas dos dois candidatos, além de torná-los inelegíveis por oito anos. Leia mais aqui
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