Apesar dessa gente não valer um caroço, ainda assim, acredito mais nos aitolás assassinos do que nessa patuléia lulista. FDS
Telefone sem fio Brasília-Teerã - Embaixador do Irã desmente que governo brasileiro tenha feito oferta oficial sobre Sakineh.Contrariando as declarações do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o embaixador do Irã em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, negou ontem que o governo brasileiro tenha feito a Teerã uma oferta formal de asilo humanitário para a iraniana Sakineh Ashtiani, condenada ao apedrejamento por adultério e suposto assassinato de seu marido. Por Eliane Oliveira
— Nós não recebemos de forma oficial pedido ou oferta alguma (de asilo ou refúgio político) para esta senhora ser enviada para o Brasil.
Não houve ofício por escrito, nota oral ou troca de notas, como é a orientação na diplomacia em casos assim — assegurou o embaixador, em entrevista à Agência Brasil. A declaração surpreendeu, mas Amorim preferiu evitar polêmicas ou confrontos com o diplomata iraniano.
Segundo o chanceler brasileiro, na semana passada, o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio Salgado, foi instruído a comunicar às autoridades iranianas a oferta feita tanto publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um comício no Paraná, como em conversas reservadas, pelo próprio chanceler.
— Não sei o que ele (Shaterzadeh) disse e não vou ficar agora discutindo isso, criando polêmica com o embaixador do Irã, sobre o que ele falou com a melhor das intenções — afirmou o ministro.
Amorim lembrou que o presidente Lula chegou a fazer pronunciamentos públicos sobre o caso “mais de uma vez” e explicou que o embaixador brasileiro no Irã foi acionado após a primeira oferta de Lula.
— Nosso embaixador em Teerã foi instruído a comunicar o fato, o que, a nosso ver, é uma formalização deste oferecimento e do sentimento que é o do povo brasileiro. Isso para nós é uma comunicação oficial, não é preciso mais nada — resumiu.
Na entrevista, o embaixador iraniano afirmou que a condenada Sakineh Ashtiani, de 43 anos, continuará presa na cadeia de Tabriz.
Shaterzadeh descartou sutilmente o envio de Sakineh ao Brasil, usando como justificativa o fato de que ela é uma cidadã iraniana, condenada pela Justiça do Irã e, portanto, não existe a possibilidade de outro país ser incluído no processo. O diplomata acusou ainda a imprensa internacional pela ampla repercussão do caso que, segundo ele, visa a constranger o governo iraniano.
— Ocorreram crimes e serão julgados conforme o código do Irã, que segue os preceitos morais e culturais do país. O processo envolve pessoas iranianas, por que deveria ter o envolvimento de outros países? — questionou Shaterzadeh.
Shaterzadeh fez questão ainda de dar detalhes sobre o aspecto jurídico do processo. Segundo ele, a ação por adultério foi encerrada e, hoje, a mulher é acusada de assassinato. A controversa forma de punição — apedrejamento ou enforcamento — não estaria definida, devido ao fato de que o processo ainda está em andamento. O Globo
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