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13 de agosto de 2010

Irã desmente pedido oficial de Lula

Apesar dessa gente não valer um caroço, ainda assim, acredito mais nos aitolás assassinos do que nessa patuléia lulista. FDS

Telefone sem fio Brasília-Teerã - Embaixador do Irã desmente que governo brasileiro tenha feito oferta oficial sobre Sakineh.Contrariando as declarações do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o embaixador do Irã em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, negou ontem que o governo brasileiro tenha feito a Teerã uma oferta formal de asilo humanitário para a iraniana Sakineh Ashtiani, condenada ao apedrejamento por adultério e suposto assassinato de seu marido. Por Eliane Oliveira


Nós não recebemos de forma oficial pedido ou oferta alguma (de asilo ou refúgio político) para esta senhora ser enviada para o Brasil.

Não houve ofício por escrito, nota oral ou troca de notas, como é a orientação na diplomacia em casos assim — assegurou o embaixador, em entrevista à Agência Brasil. A declaração surpreendeu, mas Amorim preferiu evitar polêmicas ou confrontos com o diplomata iraniano.

Segundo o chanceler brasileiro, na semana passada, o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio Salgado, foi instruído a comunicar às autoridades iranianas a oferta feita tanto publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um comício no Paraná, como em conversas reservadas, pelo próprio chanceler.

— Não sei o que ele (Shaterzadeh) disse e não vou ficar agora discutindo isso, criando polêmica com o embaixador do Irã, sobre o que ele falou com a melhor das intenções — afirmou o ministro.

Amorim lembrou que o presidente Lula chegou a fazer pronunciamentos públicos sobre o caso “mais de uma vez” e explicou que o embaixador brasileiro no Irã foi acionado após a primeira oferta de Lula.

— Nosso embaixador em Teerã foi instruído a comunicar o fato, o que, a nosso ver, é uma formalização deste oferecimento e do sentimento que é o do povo brasileiro. Isso para nós é uma comunicação oficial, não é preciso mais nada — resumiu.

Na entrevista, o embaixador iraniano afirmou que a condenada Sakineh Ashtiani, de 43 anos, continuará presa na cadeia de Tabriz.

Shaterzadeh descartou sutilmente o envio de Sakineh ao Brasil, usando como justificativa o fato de que ela é uma cidadã iraniana, condenada pela Justiça do Irã e, portanto, não existe a possibilidade de outro país ser incluído no processo. O diplomata acusou ainda a imprensa internacional pela ampla repercussão do caso que, segundo ele, visa a constranger o governo iraniano.

— Ocorreram crimes e serão julgados conforme o código do Irã, que segue os preceitos morais e culturais do país. O processo envolve pessoas iranianas, por que deveria ter o envolvimento de outros países? — questionou Shaterzadeh.

Shaterzadeh fez questão ainda de dar detalhes sobre o aspecto jurídico do processo. Segundo ele, a ação por adultério foi encerrada e, hoje, a mulher é acusada de assassinato. A controversa forma de punição — apedrejamento ou enforcamento — não estaria definida, devido ao fato de que o processo ainda está em andamento. O Globo

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