A lógica: Candidatos analfabetos para uma população analfabeta
Apenas 46,3% dos que disputam essa eleição têm ensino superior completo, 6 são analfabetos
Os aspirantes a cargos públicos com grau de instrução superior completo não chegam a metade dos que disputam essa eleição geral, ficando em 46,3%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A maioria dos analfabetos (cinco) concorre ao cargo de deputado estadual e um, a deputado federal. Somente para o cargo de vice-presidente há totalidade dos candidatos com ensino superior completo. Assim, quanto ao grau de instrução, o TSE identifica que seis candidatos são analfabetos, 133 afirmam que lêem e escrevem, 793 têm ensino fundamental incompleto, 1.730 completaram o ensino fundamental, 778 iniciaram o ensino médio, 6.239 finalizaram esse nível de instrução, 2.423 começaram um curso superior e 10.460 conseguiram diploma universitário. Por Cláudia Bredarioli
A observação do nível de escolaridade dos candidatos mostra que talvez a representação política espelhe um retrato da nação, com 10,4% de analfabetos, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O perfil dos candidatos levantado pelo TSE aponta ainda que a grande maioria deles se concentra na faixa etária entre os 45 e os 59 anos que alcança participação acima 40% para os cargos de presidente, vice-governador, senador, deputado federal , deputado estadual e deputado distrital, chegando a quase 56% entre os candidatos aos governos estaduais. A faixa etária de 35 a 44 anos tem destaque apenas entre os que disputam a vice-presidência.
O PV é o partido que tem o maior número de componentes concorrendo a todos os cargos nessas eleições gerais. São 1.463 candidatos, contra 1.405 do partido do governo (PT) e 1.369 do terceiro colocado na lista, o PMDB. Na sequência, com mais de mil candidatos aparecem: PSDB (1.180), PSB (1.172), PTB (1.119), PDT (1.112) e PSOL (1.097). A menor participação na disputa eleitoral fica para o PCO, com 55 concorrentes.
Do total dos candidatos,18.782 estavam considerados como aptos à elegibilidade até a tarde de sexta-feira. Outros2.484 foram definidos como inaptos e havia ainda mais 1.296 em situação de cadastro indefinido (aguardando julgamento, com impugnação ou com notícia de inelegibilidade). Brasil Econômico
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