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7 de outubro de 2010

“Luz para Todos”, administrado por Dilma, não cumpre meta e é prorrogado de novo

Programa não cumpre meta e é prorrogado pela 3ª. vez

Se fosse outra lojinha de R$ 1,99 ela já teria quebrado novamente nas mãos de Dilma. Mas como não é lojinha particular, Lula simplesmente deu outra canetada [como ele adora governar por decretos], e prorrogou os prazos do programa pela TERCEIRA VEZ. Se Dilma fosse gerente de uma empresa privada, já teria levado um pé no traseiro. Arthur


Uma das bandeiras políticas da candidata à sucessão presidencial pelo PT, Dilma Rousseff, o programa Luz Para Todos foi prorrogado ontem, por decreto, por não ter atingido sua meta de universalizar o acesso à luz elétrica, como prometera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Luz para Todos foi criado em 2003, tendo Dilma à frente do Ministério de Minas e Energia. Por Simone Iglesias


Era para ser concluído em 2015 e asseguraria que 100% da população fosse contemplada com energia elétrica, principalmente as comunidades rurais.O cronograma original foi mudado depois do lançamento porque o governo resolveu antecipar a meta para 2008. Não conseguiu cumpri-la. O prazo então foi esticado para este ano e, mais uma vez, agora, precisou ser prorrogado. Quando teve a ideia de lançar Dilma sua candidata à sucessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a chamá-la país afora de "mãe" do programa, assim como o faz em relação ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).- Assinante da Folha lê mais aqui


ANÁLISE: POTENCIAL FEZ DO PROGRAMA ALVO DE LOTEAMENTO DE CARGOS
Para quem sempre viveu no escuro, o programa Luz para Todos mexe com o cotidiano das famílias do campo no interior do país. O beneficiário passa a assistir à TV, bebe água gelada, deixa de lado o gerador, puxa água do poço artesiano e troca a fumaça do candeeiro por uma lâmpada na sala. Justamente por conta desse potencial, o programa passou a ser usado como propaganda. Ganhou selo do PAC e virou vitrine do governo.

Nessa estratégia, Lula abraçou como 100% dele um programa todo bancado por Estados, distribuidoras e consumidores. É da conta de luz que sai cerca de 70% dos custos do programa.

O alcance do Luz para Todos também entrou na esfera eleitoral. Lula passou a apresentar Dilma Rousseff como a "mãe" do programa.

O Luz para Todos foi criado em 2003, quando Dilma era ministra de Minas e Energia. Mas foi inspirado em antigos documentos do PT e no Luz no Campo, lançado em 2000 por FHC e que previa a universalização do acesso à luz elétrica até 2015.

Abraçado em Brasília pelo marketing do Planalto, o programa nos Estados foi entregue de bandeja a aliados.

Em MG, um aliado de Hélio Costa (PMDB) foi colocado na coordenação regional. Este nomeou antigos assessores, ex-prefeitos, ex-vereadores, ex-deputados e familiares de amigos para tocar o programa. No MA, Edison Lobão (PMDB) distribuía informativos no qual era apontado como o responsável pelo "fim do uso da lamparina".

O uso político e o loteamento, somados à insuficiência de material e de mão de obra, além do alto custo das ligações, ajudam a explicar o não cumprimento da meta prometida por Lula e a ausência hoje de fios, tomadas e lâmpadas na casa de milhares de brasileiros. Por EduardoScolese – Editor assistente de Poder da Folha de São Paulo

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