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26 de junho de 2010

Chávez acelera sua revolução

O «escândalo dos alimentos podres e dos medicamentos vencidos», último episodio da carreira do autocrata venezuelano por socializar o que resta da empresa privada. Hugo Chávez pisou no acelerador para avançar na imposição de seu modelo totalitário, embora “lhe custe a vida” e aumente a rejeição ao seu projeto socialista, antes das eleições legislativas previstas para o próximo dia 26 de Setembro .


O presidente lidera pessoalmente a campanha, iniciada no ano passado, mas ante a proximidade das eleições ele intensificou os ataques contra o setor privado, declarando “guerra econômica” contra a burguesia - a sua está bem, por enquanto, a que denominam “boliburguesia chavista”, porque já é pouco o que resta do antigo sistema democrático.

Chávez se declarou "marxista" e "castrista”. Disse que precisa mudar o modelo capitalista para o socialismo, reformando as leis que dão o controle absoluto ao Estado sobre os meios de produção.

O conflito que se apresenta com suas "leis socialistas” é que elas já foram rejeitadas, há dois anos, em um referendo em que o presidente perdeu pela primeira vez depois de onze anos e doze eleições celebradas. Embora seu projeto totalitário tenha sido derrotado nas urnas, Chávez anunciou que vai se impor de qualquer forma.

O preço político pago é alto. Sua popularidade diminuiu nas pesquisas, — a intenção de voto é da ordem de 35% —, mas, sem embargo, o presidente segue firme com o cerco à empresa privada. Nos últimos cinco anos ele expropriou 760 propriedades, das quais 320 aconteceram nos últimos meses. Ele fechou quase metade das 13 mil indústrias venezuelanas nos onze anos de seu governo.

Seu chicote nacionalizador, expropriador, e confiscatório agravou a tensão na sociedade venezuelana. Enquanto encarcera os açougueiros, "toma" o mercado de ‘Quinta Crespo’ e arremete contra os empresários e industriais, descobriu-se o escândalo de 70.000 toneladas de comida podre importada pela rede oficial de mercados “PDVAL” que pertence a Petróleos da Venezuela.

As máscaras caíram
Ninguém entende como que um país em crise, pode dar-se ao luxo de perder alimentos. "Chávez nos enganou. Tiraram-nos a arepa (tortilla de milho)”, declarou o ex-deputado chavista Ernesto Alvarenga, à ABC. "O regime que hoje nos governa avança no controle da produção e comercialização de alimentos, fazendo honras à sua política de fazer desaparecer o setor privado da economia.”

“A única coerência que existe neste desastre é a correspondência entre as políticas alimentares do regime chavista, a do fracassado império soviético, a da Coréia do Norte, de Cuba e do Zimbábue”, diz Alvarenga.

Chávez já não se preocupa em manter as aparências democráticas que o fizeram alcançar o poder nas eleições de 1998. A nova Constituição, feita sob medida em dezembro de 1999, ela tem sido sistematicamente violada, sustenta o ex-constituinte, Germán Escarra .

Também não lhe importa que o acusem sobre sua virada ao totalitarismo. Apesar da resistência da oposição, ele fechou a Rádio Caracas Television e 34 estações de rádio, e mantém sob ameaça de fechamento outros canais de televisão. Ele também decretou escritórios de censura para a informação e leis de mordaça.

A Venezuela é campeã latinoamericana na violação dos direitos humanos e no debilitamento da liberdade de expressão (800 agressões e atentados contra os meios de comunicação e aos jornalistas). Há 35 presos políticos e 2.000 ativistas, incluindo estudantes, sindicalistas e trabalhadores, obrigados a se apresentarem perante os tribunais por terem protestado contra o Governo.

A lista de denúncias contra o regime não tem fim. Para enfrentar as críticas, Chávez conta com um exército cubano (60 mil agentes), que o dissidente general Antonio Rivero qualifica como “ocupação estrangeira”.

Os cubanos intervêm em diversos campos, tais como de segurança pessoal de Chávez, nos programas de saúde, chamados de “Bairro Adentro”, na educação, esportes, comércio, registros de negócios, identificação de registro de identidades e de estrangeiros, e nos cargos de altos mandos da Força Armada Nacional. Eles são pagos com a fatura petroleira de 95 mil barris que são repassados à Cuba. Por Vinogradoff Ludmilainternacional do abc.es

Tradução do FiladaSopa

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