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13 de junho de 2010

Chávez usa os métodos do Stalin


O mandatário venezuelano está tentando desviarse do escândalo atirando para todos os lados. Nos últimos dias, de diferentes partes da Venezuela, está vindo à luz pública que toneladas de alimentos apodrecidos e medicamentos vencidos, importados pelo governo de Hugo Chávez, estavam escondidos em contêineres nos portos e enterrados em fossas, há 12 meses.


Por hora, isto é só a ponta do iceberg, são mais de 70.000 toneladas de produtos estragados, e pode ser muito mais, segundo “cantam” os informantes do mais recente escândalo de corrupção, que Chávez tenta minimizar e desviar a atenção com seus ataques contra o setor privado, especialmente contra a imprensa.

Em Puerto Cabello, estado de Carabobo, encontra-se mais de 2.300 contêineres com comida estragada, que na opinião do ex-governador do estado Bolívar e candidato da oposição, Andrés Velásquez, representam uma perda de 2.000 milhões de dólares para o país.

A Venezuela padece de escassez de produtos. Deverá importar 70% do seu consumo, pois reduziu sua produção agropecuária nacional ao confiscar fazendas, não há divisas e se dá ao luxo de jogar comida. “Estes alimentos teriam servido para alimentar o povo venezuelano, gratuitamente, durante dois meses”, afirmou Velasquez, que acusa o governo de encobrir o escândalo de corrupção com as expropriações e ataques contra os empresários.

Em Mérida (fronteira com a Colômbia) foram descobertos 20 mil sacos de semente de batata importada, em mau estado. Em Zulia e Anzoategui denunciaram toneladas de leite importado enterrados no solo. Em Lara foram encontrados lotes de medicamentos vencidos também enterrados. Em Barina, feudo da família de Chávez, tiveram que jogar 40 toneladas de carne podre provenientes da Nicarágua.

O governo tem o controle dos portos e aeroportos, sob o mando do ministro Diosdado Cabello, e da distribuição dos alimentos para suas redes de supermercados como o “Mercal”, “Éxito” e “Cada”, expropriados dos colombianos. Também a rede "PDVAL" Petróleos da Venezuela está sob o mando do ministro da Energia e Petróleo Rafael Ramirez. Chávez tem criado joint ventures com os cubanos para a importação de alimentos e medicamentos.

O presidente venezuelano prometeu investigar o escândalo até suas últimas consequências, mas culpa a corrupção desenfreada do capitalismo. Cinco trabalhadores do Estado acabaram na prisão por denunciar à imprensa sobre os alimentos estragados.

“Típico de governos socialistas”
Carlos Machado Allison, um biólogo e especialista em políticas alimentares e agrícolas, observa que “os alimentos importados, vencidos ou estragados, é típico de governos socialistas”, disse ao jornal El Universal. Ele considera que isto "ocorreu tão repetidamente na União Soviética e em seus países satélites, durante muitos anos, porque é muito fácil - o negócio está em importar o alimento, mas quando ele chega ao país, ninguém se interessa pelo destino que ele pode ter”.

No gabinete de Chávez "não há quem saiba sobre os alimentos. Aqueles que sabem são as Empresas Polar, a Cargill, Kraft e Alfonso Rivas. O governo não gosta que empresas privadas tentem preencher esses espaços. Por isto, ele quer substituílas ou eliminálas ". abc.es - LUDMILA VINOGRADOFF

Além dos funcionários presos, Chávez agora está perseguindo e ameaçando o fotógrafo que registrou as fotos da comida estragada, segundo denúncia do sindicato dos trabalhadores da imprensa.

Tradução do FiladaSopa

2 comentários:

  1. Ótimo novo espaço, parabéns!

    O Chávez me lembra muito aquela publicidade da vodka "Eu sou você amanhã", naturalmente ele estaria se referindo, no caso, ao Lula.

    Esperemos que o novo presidente (se as urnas eletrônicas assim permitirem) passe o Brasil a limpo, denunciando e mostrando todas as mazelas que hoje são encobertas, com a conivência da mídia.

    GrandAbraço

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  2. Obrigado, Antonio.

    Meu amigo, se eu tivesse mais confiança da lisura das urnas, acho que estaria mais animado.

    Abraço
    Arthur

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