Deu na Revista Exame: O "Mini" chinês chega ao Brasil - “A presença de empresas chinesas no Brasil deve ganhar um reforço nas próximas semanas. Os carros da montadora Lifan, representada no país pelo grupo Effa Motors, devem ser lançados em julho, depois de um atraso de dois meses provocado por problemas com a homologação ambiental. A Lifan colocará à venda dois modelos no mercado brasileiro, o hatch 320, com uma clara "inspiração" no inglês Mini Cooper, e o sedã 620".
O 320 custará 29 980 reais, e o 620, 39 980 reais.
O que a Revista Exame chama carinhosamente de “inspiração" no inglês Mini Cooper, a imprensa internacional chama pelo nome: PIRATARIA. Na terça-feira passada (22), a Time publicou uma lista das FALSIFICAÇÕES chinesas, onde consta este modelo do Lifan 320 – que logo mais estará no mercado brasileiro. Leia: Top 10 Chinese Knockoffs
Com a promessa de ser um dos carros mais baratos no Brasil e mais equipados com itens de fábrica, o hatch 320 será vendido por 29.980 reais. Sabem quanto ele custa no resto do mundo? – cerca de US $ 7.500, ou R$ 13.350,00 - uma diferença de R$ 16.630,00. Daria para comprar outro carro do mesmo modelo, e ainda sobrariam 3 mil reais.
Segundo uma matéria do Estadão, de maio - “o desembarque chinês” – “os veículos chineses levam 45 dias para chegar ao Brasil, e o imposto de importação é 35% do valor do carro, além de tributos que incidem em cascata, além dos gastos com frete e adaptações para o mercado local”.
Só não faz sentido que esse carro, o Lifan 320, agora montado no Uruguai, continue custando os olhos da cara no Brasil -, ainda que seja o mais barato do mercado. A redução da distância deveria impactar no seu custo final.
Um blogue australiano sobre finanças - o “Sheldonsing” - também falou sobre o modelo Lifan 320 e a pirataria chinesa - e comparou: “Lifan – cópia = 7,000 dólares; - Mini Cooper – real = 45 mil dólares”.
Disse mais: “Isto é o que décadas de comunismo faz à criatividade. Observe como os soviéticos também copiam tudo ... de carros, aviões, até relógios de pulso; os russos fizeram cópias falsificadas de tudo que foi feito no mundo ocidental”.
Se copiar (piratear) produtos é um sintoma do comunismo, qual seria a doença do povo que os consome, em larga escala? Deu no Estadão: “Metade dos brasileiros compra produto pirata. País perde US$ 20 bi”. Segundo a matéria, para 94%, a causa principal é o preço.
Mas parece que não tem muita lógica tal explicação. Veja este caso do carro [fake] chinês: vamos pagar mais que o dobro de seu valor original - U$ 7.500.
Ou, será que roçar os limites da legalidade não tem preço? Mesmo que essas “inspirações chinesas” custem o dobro, graças aos impostos e tributos nelas embutidos? Uma coisa é certa: No Brasil, até os piratas são os mais caros do Planeta.
Texto do FILADA SOPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário