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21 de junho de 2010

Vuvuzelas barulhentas

O ruído da comunicação política mentirosa, por mais perfeita que seja a mentira, não dá melhores resultados do que o das vuvuzelas no mundial de futebol da África do Sul. Veja só, leitor. Para ocultar dos alemães a derrota iminente do nazismo, com os russos à porta de Berlim, na Segunda Guerra Mundial, Goebbels, vigarista-mor da comunicação embromadora, exaltou as vitórias parciais de von Rommel, no norte da África, mas ignorou sempre a avalanche soviética devastadora, procedente do leste.


Quando não deu mais para mentir, dado o troar da artilharia inimiga perto de Berlim, ele apelou para o fanatismo dos nazistas, com o lema “vitória ou destruição”. Organizou “comandos do povo” e convocou os alemães de 16 anos e de mais de 60, para a batalha decisiva contra os russos. Todos sabem como acabou a guerra.

Eleição, em geral, não mata ninguém, afora a verdade. Um conhecido deste repórter leu a um amigo mensagem eletrônica sobre os feitos do atual governo, para justificar a continuação do petismo, sob a batuta da candidata oficial.

Ao ser lançada, essa candidata prometeu melhorar tudo o que Lula fez pelo país e pelo povo. Após a leitura, o amigo do repórter indagou a quem a lera: “O Brasil dá boas escolas aos pobres? Hospitais públicos para os sem plano de saúde? Boas estradas? Segurança a todos? Trabalho para jovens? E o veto de Lula ao fim da pilhagem oficial do ganho do trabalhador, via fator previdenciário?

O leitor da mensagem sobre feitos do governo calou-se. Depois, chamou seu interlocutor de membro da canalha burguesa, classe que mais cresceu no país pelas estatísticas oficiais.

Periscinoto (Perfil econômico), publicitário (!), quer que o eleitor não se engane nas eleições, elegendo os que a publicidade promove. Pede-lhe que leia os noticiários para ter consciência no voto. Eis um dado positivo no país: a circulação de nossos diários subiu 35% no ano. Desconfie, eleitor, das vuvuzelas oficiais. Elas querem seu voto, na luta eleitoral, mas não que você vote conscientemente. Por Rubem Azevedo Lima – Opinião Correio Braziliense

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