Mais antiga guerrilha esquerdista em atividade na América Latina, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram fundadas em 1964, como o braço armado do Partido Comunista Colombiano. No mesmo ano, iniciou sua campanha contra o Estado, com o objetivo de instalar no país um regime marxista-leninista. Em 46 anos, estima-se em mais de 200 mil os mortos do conflito - que envolveu, ao longo do período, outras guerrilhas, grupos paramilitares e milícias a soldo dos poderosos cartéis de narcotráfico colombianos. Por Roberto Lameirinha
Como força política, as Farc mantiveram vínculos com partidos e movimentos de esquerda de várias partes do mundo. Os laços com o Partido dos Trabalhadores, do Brasil, tornaram-se mais claros em 1990, quando o PT lançou o chamado Foro de São Paulo - que reúne grupos esquerdistas de vários países da América Latina e Caribe. Uma carta do então líder das Farc, Pedro Antonio Marín, também conhecido como Manuel Marulanda ou Tirofijo ("Tiro Certeiro", em espanhol), foi lida na abertura do evento.
Durante o apogeu dos cartéis de Cali e Medellín, na Colômbia, as Farc passaram a cobrar "imposto de guerra" sobre as atividades ligadas ao narcotráfico nas áreas que controlavam militarmente. No início dos anos 90, quando se estimava que a guerrilha dominava mais da metade do território colombiano, as Farc chegaram a ter 17 mil combatentes, segundo cálculos do governo de Bogotá. A polícia colombiana tem evidências de que, a partir desse período, a guerrilha passou a, além de cobrar impostos, vender serviços de segurança para as quadrilhas de narcotráfico. Com o desmantelamento dos cartéis, algumas frentes das Farc teriam assumido o controle total no negócio das drogas - o que lhe permitiria autofinanciar-se.
Em 2002, porém, o presidente Álvaro Uribe chegou ao poder com a promessa de debilitar a guerrilha - que passava a se dedicar mais ao tráfico e aos sequestros destinados à cobrança de resgate. Com isso, as Farc passaram a figurar na lista de organizações terroristas da Colômbia e dos EUA. Uribe tem hoje a guerrilha cercada e restrita às suas bases na selva. Seus combatentes, estima-se, não passam de 7 mil.
PARA LEMBRAR: PT CRIOU FORO DE SÃO PAULO, EM 1990
A conexão do PT com as forças guerrilheiras da Colômbia, mais conhecidas pela sigla Farc, se evidenciou no Foro de São Paulo, criado em 1990 por iniciativa de Luiz Inácio da Silva, após um encontro com o então presidente cubano Fidel Castro, que falou da necessidade de promover encontros de partidos e organizações de esquerda na América Latina.
As Farc, que agem à margem dos processos da democracia liberal, propondo a derrubada do regime colombiano pelas armas, participaram da fundação do foro ao lado do PT - o que acabou despertando suspeitas sobre o partido.
Em 2008, a revista Veja publicou um dossiê, com vários documentos, principalmente troca de mensagens escritas, que supostamente provariam a existência de contatos entre integrantes do governo Lula e as Farc. O PT e o governo desmentiram. Mas o assunto nunca foi completamente enterrado. O Estado de São Paulo
Concluindo:
A compulsão dos petistas em negar a verdade e perseguir quem se atreve a dizê-la é assustadora. O último ataque de cinismo foi por conta da declaração do vice de Serra, do deputado Indio da Costa (DEM): - “o PT tem ligações com as Farc”.
- “Jamais esperei que meu candidato recorresse a esse tipo de acusação. Eu não vou descer a esse nível” – reagiu Dilma - a guerrilheira que, assim como as Farc, também lançou seus petardos durante sua vida pregressa.
E o pior: o PT entrou com uma ação criminal no Supremo alegando calúnia e difamação; e outra, na Procuradoria-Geral da República, pedindo abertura de processo por danos morais contra o vice de Serra.
Em uma coisa devo concordar com a candidata petista: nós realmente, descemos, estamos no fundo do poço; e não foi pelas míseras verdades que ainda são ditas. FDS
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