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16 de agosto de 2010

Foro de São Paulo: A esquerda latinoamericana analisa a “contra ofensiva” da direita

As Farc não foram convidadas por quê?

Buenos Aires, 16 ago (EFE ) – O Foro de São Paulo, que aglutina a esquerda latinoamericana, analisa a partir de amanhã na capital da Argentina como recuperar o “espaço perdido” devido a uma contra ofensiva da direita que tem dado frutos na Colômbia, Chile, Panamá e Honduras, de acordo com o documento da discussão.

Na décima sexta reunião do Foro, que reúne até sexta-feira os representantes de 33 países, também irão analisar o conflito entre Colômbia e Venezuela, que, de acordo com esse documento, responde “ao interesse dos setores mais reacionários” no contexto da “disputa acirrada” entre as forças populares e a direita, pelos rumos da América Latina.


Entre os participantes desta reunião figuram o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, Marco Aurélio Garcia, assessor de política externa do presidente Lula da Silva, e os líderes Tomas Borge da Nicarágua, e Ollanta Humala do Peru.

O Foro irá rever as “importantes vitórias” da esquerda na Bolívia, Equador e Uruguai, que, de acordo com o documento, impediram “que a contra ofensiva da direita se transformasse em uma reversão do processo de mudanças na América Latina”.

A “grande maioria” dos países da União Européia tem “governos de direita e extrema-direita, com um forte componente xenófobo e racista, como adverte as novas leis de imigração”, diz o documento que será submetido ao debate na reunião do Foro São Paulo.

“Estes governos pretendem tentar transferir o peso da tremenda crise desencadeada em 2008 sobre as costas de seus povos e dos países emergentes, o que está gerando movimentos de protesto dos trabalhadores e setores populares”, diz.

Em contrapartida, observa que os países latinoamericanos “onde há governos progressistas” foram aqueles que melhor resistiram “à agonia dos cataclismos” da crise global.

Sublinha que o objetivo "de antigos setores dominantes" é "impedir que este novo rumo se consolide e se torne irreversível, e que esta contra ofensiva inclui a tentativa de transplantar para a América Latina, uma política de militarização e guerra preventiva, que se baseia essencialmente no Plano Colômbia", patrocinado pelos Estados Unidos.

Como contra ofensiva o Foro inclui a vitória de Ricardo Martinelli, no Panamá (2009), substituindo o governo de Martín Torrijos, presidente da Internacional Socialista na América Latina e o golpe contra Manuel Zelaya em Honduras, feito este que fortaleceu a direita na América Central.

Ele também cita a eleição “do magnata” Sebastian Piñera no Chile em janeiro, que colocou fim a quatro governos da Concertación das forças democráticas nesse país.

"Para 2010, o sinal mais importante que mantém a iniciativa política da esquerda é a dianteira eleitoral nas pesquisas e o esperado triunfo da companheira Dilma Rousseff, candidata presidencial (oficialista), das forças progressistas no Brasil".

O documento do Foro de São Paulo aplaude a eleição do "companheiro José Mujica", como presidente do Uruguai, a reeleição de Evo Morales na Bolívia e de Rafael Correa no Equador, entre outras "vitórias importantes".

O Foro de São Paulo "deve fazer um balanço dos processos de Honduras, Panamá, Chile e Colômbia, e discutir "maneiras concretas de apoiar a unidade da esquerda, tanto nos países citados, como naqueles que terão eleições no próximo período, como a Nicarágua, Peru e Argentina", diz o documento. Tradução FDS (Arthur)

Fonte EFE

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