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29 de agosto de 2010

Milhares de conservadores no Lincoln Memorial, em Washington

Eis o porquê os americanos são o que são, e nós somos o que somos. Se eles fizeram a besteira de eleger um líder que não mais corresponde aos seus anseios, agora estão tratando de se mobilizar para mudar a situação. Enquanto que aqui, elegeremos pela 3ª vez (ainda que indiretamente) um populista salafrário, contra o qual dificilmente teremos a mesma capacidade de reagir. Lá, eles podem fazê-lo porque contam com líderes de direita, os republicanos, para organizá-los. Aqui no Brasil, tudo que temos é a falta de opção: somos reféns da esquerdopatia – tanto da “doente crônica” quanto da “pouco menos doente” social democracia. Por isto, não temos quem nos defenda. FDS (Arthur)

A matéria: Estima-se que dois milhões de americanos participaram da manifestação de ontem. Quase meio século após Martin Luther King proferir o histórico discurso “Eu tive um sonho” no Lincoln Memorial, dezenas de milhares de pessoas se aglomeraram ontem no mesmo local, em Washington, num ato para “reviver os valores americanos”.


Mas, na contramão do discurso igualitário de 47 anos atrás, o protesto foi marcado por pedidos de retorno a “velhos valores tradicionais americanos”, segundo os organizadores — e estrelas do conservador Tea Party — Glenn Beck, âncora da Fox News, e Sarah Palin, ex-candidata conservadora à vice-presidência.

Em seu discurso, Beck, que também é apresentador no canal Fox News, afirmou que os Estados Unidos "vagaram na escuridão" por muito tempo.

"Hoje a América começa a se voltar para Deus", afirmou. Discursos inflamados elogiando o desempenho do Exército americano no Iraque e Afeganistão arrancaram aplausos. Apesar de não pouparem de críticas ao presidente Barack Obama, Palin e Beck souberam usar o gancho dos militares para alfinetar as políticas da Casa Branca.

— Que este dia seja o ponto de mudança. Olhem a seu redor.

Vocês não estão sozinhos — disse Palin, para deleite de um público majoritariamente branco. Em seu discurso, Palin comparou os participantes da manifestação com os ativistas defensores dos direitos civis que marcharam em Washington em 1963 para o discurso de King.

Vocês tem a mesma espinha dorsal de aço e a coragem moral de (George) Washington, de (Abraham) Lincoln e Martin Luther King", afirmou Palin acrescentando que o mesmo espírito que ajudou os ativistas em 1963 a superar a opressão e a violência

O evento foi criticado por entidades de defesa de direitos civis por coincidir com a mesma data e local do discurso de Martin Luther King, 47 anos atrás.

Mas a organização garante que tudo não passou de coincidência.

O renascimento dos apelos conservadores promete apimentar as eleições parlamentares, marcadas para novembro. Enquanto o Partido Republicano esperava que os clamores contra Obama pudessem ajudar a legenda a obter uma maioria no Congresso, os adeptos do Tea Party vêm forçando os principais candidatos republicanos à convergir ainda mais à direita. Fontes: O Globo, BBC

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