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4 de agosto de 2010

O magnicídio do dia

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, mas o fato é que a notícia bombou na imprensa mundial: "o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi alvo de tentativa de assassinato".

O desencontro de informações deu a medida da montagem farsesca do episódio. Toda essa conversa mole surgiu, 48 horas, após Ahmadinejad acusar Israel de estar organizando uma tentativa de assassiná-lo, juntamente com estudantes iranianos e estrangeiros em férias no país.


Um site conservador iraniano afirmou que um artefato explosivo foi atirado em sua caravana na cidade de Hamedan, onde ele foi fazer um discurso, mas, depois, removeram a notícia do site.

A TV Estatal disse que "não houve nenhum ataque", e que as autoridades afirmaram que a explosão foi causada por "fogos de artifício". Já o site Khabaronline publicou que a explosão ocorreu a 100 metros do carro do presidente, e que causou muita fumaça. Em seguida também removeram o artigo do site.

A agência de notícias semi-oficial Fars, disse que o primeiro dispositivo era uma granada caseira, mas depois afirmou que a explosão foi causada por fogos de artifício. Mais cedo, uma fonte do próprio gabinete do governo havia dito à agência Reuters, que o comboio foi alvo enquanto viajava para o aeroporto.

Em Dubai, a TV Al Arabiya disse que o agressor jogou um explosivo no carro que transportava jornalistas e que o sujeito foi preso. Outros informes de TVs árabes disseram que várias pessoas ficaram feridas no ataque. E por aí, vai. Tem versões para todos os gostos.


Mas vamos ao que interessa
Toda essa conversa mole surgiu, 48 horas, após Ahmadinejad acusar Israel de estar organizando uma tentativa de assassiná-lo, juntamente com estudantes iranianos e estrangeiros em férias no país.

Já não é a primeira vez que o iraniano lança mão da teoria do magnicídio. Em 2008, ele já havia acusado seus «inimigos» de terem planejado seu assassinato, durante sua visita oficial ao Iraque, em março daquele ano. O pior só não oconteceu porque, segundo ele, foi feita uma mudança de ultima hora em sua agenda.

Nesse mesmo ano, o ex embaixador do Irã em Roma, Abolfazi Zohrevand, denunciou que seu presidente sofreu um atentado depois de ser submetido a uma “radiação de alta intensidade”, durante a viagem que fez a Itália para participar de uma reunião da ONU, em Roma.

Essa desculpa é bem parecida com aquela do Zelaya, quando ele ficou preso na embaixada brasileira em Tegucigalpa, e acusou o governo Micheletti de estar usando produtos químicos na tubulação da casa; o safado chegou a cobrir as janelas com papel-alumínio, por temer "raios de micro-ondas". Essa gente não tem vergonha na cara.


O que eles todos tentam esconder com a ladainha do magnicídio?
A instabilidade econômica e social em seus países. Nada além disto. O script é exatamente o mesmo. Não muda uma vírgula.

A exemplo do necrófilo bolivariano — que fez uma exumação de cadáver à meia-noite, transmitida pela TV, para entreter seu povo enfadado com sua incompetência —, o líder iraniano também lança mão do famoso expediente do magnicídio; um recurso muito utilizado pelos capos da UNASUL.

Sim, toda vez que os incompetentes se vêm em apuros com os resultados econômicos de suas gestões, eles apelam para o atentado contra suas vidas; um jeito de despertar compaixão na população e, principalmente, desviar a opinião pública de suas mazelas.

Aquele índio traficante da Bolívia faz isto direto. Até o bispo paraguaio (mais modesto) declarou tempos atrás, que os guerrilheiros do EPP ofereceram mil dólares por sua cabeça.

Com o companheiro iraniano não é diferente. E a coisa está bem feia em Teerã. E vai piorar ainda mais.

No mês passado, o governo enfrentou um grande protesto dos comerciantes, depois de anunciar um aumento de 70% nos impostos. Ele teve que recuar.

Os empresários se recusam a pagar pelo regime de sanções, justamente em um momento de estagnação econômica, com alta inflação e desemprego elevado. Por lá, assim como aqui no Brasil, grande parte da população depende de subsídios do governo, que abrangem itens básicos, como leite, pão, eletricidade e medicamentos. Dias atrás, Ahmadinejad anunciou que todos os subsídios à energia deveriam ser eliminados até 2015. Você pode ler mais aqui

Isto para não falar dos problemas políticos, desde sua reeleição fraudada, que resultaram em centenas de presos políticos, condenações à morte e muitas denúncias contra seu governo tirano. E, agora, com as sanções impostas pelo seu programa nuclear, a república islâmica vai ficar ainda mais ilhada. Ontem, os EUA publicaram uma relação com 21 empresas iranianas, impedidas de atuar nos países.

Assim como o ilusionista Chávez adora distrair a platéia e gritar que está sendo ameaçado de morte — para esconder as toneladas de comida apodrecida da PUDREVAL —, o Almadinejad também está nessa; inclusive, já está pedindo aos iranianos que economizem energia. Não demora para ele sugerir banhos de 3 minutos.

Há um provérbio persa que define bem os acontecimentos do dia: "finja que você quer matar, e então seu oponente vai afirmar que ele está com febre".

Pena que as sanções não matam! Só provocam febre!

Editorial do FiladaSopa (Arthur)

Um comentário:

  1. Não há duvida! Isto foi uma farsa. Israel jamais erraria o alvo!

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