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15 de setembro de 2010

Apex, cabide de aloprados do PT

Não é por outra razão que o brasileiro trabalhador é literalmente roubado nos impostos para bancar as ratazanas mocozadas no poder. Aquele Otacílio Cartaxo, aquele mesmo, envolvido até as entranhas na violação de sigilo fiscal dos contribuintes, declarou ontem que a arrecadação federal de agosto poderá apresentar crescimento real em torno de 15% e bater recorde pelo oitavo mês seguido. Em troca, recebemos a máxima ineficiência dos serviços prestados, em todos os setores. É o estado lulista pisoteando e destruindo tudo que foi construído até aqui. Por Arthur (FDS)

Refúgio de parentes de aloprados
Mulher de Osvaldo Bargas e filha de Jorge Lorenzetti, dois personagens -chave do escândalo dos alopra - dos petistas, estão empregados na Apex, agência de promoção das exportações. O Globo


Responsável pela promoção de exportações do país, a Apex-Brasil tem se revelado também um espaço ocupado por simpatizantes e filiados do PT. A agência abriga na presidência, em cargos de confiança, duas assessoras que têm relações familiares com dois personagens-chave do escândalo dos aloprados petistas, que está completando quatro anos.

A chefe de gabinete da Apex, Mônica Zerbinato, é mulher de Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho, que perdeu o cargo com a revelação do caso em 2006. Seu papel no escândalo dos aloprados seria de articular entrevista para divulgar supostas denúncias contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra.

Mônica foi secretária de Lula durante 13 anos e se transferiu para Apex em agosto de 2007. Também lotada na presidência, Natália Lorenzetti é filha de Jorge Lorenzetti, que participou do suposto esquema de compra de um dossiê contra o tucano Serra.

Ele ficou conhecido como o churrasqueiro de Lula. Lorenzetti, na época, era analista de risco e mídia de campanha do petista. Hoje, está de volta à Universidade Federal de Santa Catarina, onde é professor no Departamento de Enfermagem.

Natália está na Apex desde outubro de 2009.
O presidente da Apex, o gaúcho Alessandro Teixeira, é um petista histórico.
Ele deixou a Apex momentaneamente e tirou dois meses de férias, no início de agosto, para ser um dos coordenadores do programa de campanha de Dilma Rousseff. Ricardo Schaeffer, outro gaúcho petista, diretor de Gestão e Planejamento, responde pelo comando da Apex neste período de ausência de Teixeira.

A Apex faz parte do chamado "sistema S", como o Sebrae, tem natureza jurídica privada, mas a gestão é do governo. O presidente da agência é indicado pelo presidente da República. Os funcionários, cerca de 300, foram admitidos por concurso, ou por indicação, no caso dos cargos de confiança.

Os concursados são regidos pela CLT e não têm estabilidade.
Alessandro Teixeira aspira assumir algum ministério em um eventual governo Dilma. Nos bastidores, Teixeira trabalha para emplacar Schaeffer como seu sucessor na Apex, que ganhou um orçamento de R$ 300 milhões em 2010. A maior parte desse bolo é consumido no pagamento dos funcionários, muitos deles com salários acima do mercado.

Questionada sobre o número de petistas que emprega no momento, a Apex informou que, ao contratar seus funcionários, leva em conta tão somente "critérios técnicos, de competência e qualificação".

Sobre a relação de parentesco de Mônica e Natália com os aloprados, a Apex respondeu que "o parentesco de seus empregados também não está entre os critérios para as contratações, que são os de qualificação técnica".O Globo


OS PREJUÍZOS DOS DESVIOS ÉTICOS
O noticiário em torno da denúncia sobre o trânsito de Israel, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, em vias nada iluminadas, pelos meandros brasilienses da advocacia administrativa, traz à tona, mais uma vez, os Correios, alvo cobiçado nestes tempos de fisiologia, compadrio e outras práticas deletérias.

Impossível não lembrar que a centelha do mensalão, escândalo que quase levou o governo Lula à combustão, saiu dos Correios.

A ligação feita, sob pretensa inspiração de algum poderoso do Planalto, de esquemas de coleta de dinheiro sujo da estatal com o caixa dois do PTB levou o presidente do partido, deputado Roberto Jefferson (RJ), a reagir no melhor estilo dos homens-bomba: implodiu o esquema, levou à cassação o desafeto José Dirceu, e foi junto com ele.

Ali apareceu de maneira nítida como um cargo em estatal ou algum posto na administração direta com acesso a um orçamento podem ser usados de forma espúria. Como sempre, criam-se dificuldades para se vender facilidades.

E a população tem prejuízo dobrado: como contribuinte e como usuária de serviços públicos, cuja qualidade desaba junto com o padrão ético dos administradores nomeados na pura barganha político-eleitoral. Não é coincidência que os serviços dos Correios, empresa que já foi modelo de estatal, depois de recuperada pelos militares, tenham começado a piorar nesta fase em que ela foi transformada em moeda de troca no pregão da fisiologia. O caso Erenice, por exemplo, jogou luz sobre a briga entre peemedebistas pelo controle da ECT: a fração mineira da legenda terminou substituída, na influência sobre a estatal, pelo segmento brasiliense, com a chegada de Erenice ao gabinete que era de Dilma Rousseff.

Outro órgão público citado nesta história é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), subjugada, como as demais agências. Israel trabalhou na Anac na fase de maior aparelhamento político-ideológico do responsável pela regulação do tráfego aéreo. Era o período de Milton Zuanazzi à frente da agência, quando o desastre com o jato da Gol e o caos aéreo chamaram a atenção para a inoperância da Anac, causada pela despreocupação do governo com a qualificação técnica dos nomeados.

Com a abertura da porteira da fisiologia e do compadrio, nem a Embrapa, grande responsável pela revolução ocorrida na agricultura brasileira, livrou-se, no primeiro mandato de Lula, de ser subjuga poe o mal foi contido a tempo. Pelo menos não destruíram a empresa, como ameaçam fazer com os Correios.

A Petrobras é outro ninho de aparelhos, mas, por ser muito grande, movimentar recursos na unidade mínima do milhão de reais, os danos desse processo de partidarização do Estado ainda não são visíveis com facilidade.

Mesmo assim, o caso do jipe de luxo presenteado ao petista Sílvio Pereira por uma prestadora de serviços da estatal, a GDK, indica que a empresa, de alguma forma, foi jogada na vala comum dos fins que justificam os meios.

Correios, Anac, Receita Federal, Infraero e empresas do setor energético em geral tratam de atividades vitais para a população. Uma missão prioritária dos instrumentos de fiscalização e controle do Estado brasileiro é evitar que governos degradem empresas e outras entidades públicas, por meio do desvio de suas finalidades para serem apenas peças na montagem de arranjos políticos. O Globo

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