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20 de setembro de 2010

Idéias são mais letais que armas

A obsessão dos radicais petistas por calar a imprensa tem raízes na falida União Soviética. A frase de Lênin acima explica

O ex-ministro José Dirceu se orgulhava de ter emasculado as correntes minoritárias ultrarradicais do PT, arrancando das mãos delas as bandeiras revolucionárias marxista-leninistas. Tais ações deram uma cara inofensiva ao Partido dos Trabalhadores, que se tomou então palatável para a classe média. Esse processo culminou com a divulgação da Carta ao Povo Brasileiro, de junho de 2002, documento em grande parte saído da pena do também ex-ministro Antonio Palocci, em que o PT se comprometia a manter a política econômica responsável do governo anterior. O resultado desse processo foi a vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2002, depois de três tentativas fracassadas. Os céticos diziam que eram apenas vãs promessas de campanha e que, uma vez no poder, os petistas mostrariam sua verdadeira face. Revista Veja


Passaram-se quase oito anos de governo Lula, as bases da economia estão preservadas conforme o prometido. Mas são cada vez mais frequentes e fortes os sinais de ressurgimento

da agenda revolucionária. Os radicaisI não escondem mais essa comichão, tão mais escancarada quanto mais provável ( se torna o triunfo de Dilma Rousseff. À primeira vista, parece paradoxal que o mais inflamado arauto da reabilitação marxista-Ieninista seja o mesmo personagem que, tempo atrás, enquadrou os radicais do partido - José Dirceu. "A eleição da Dilma é mais importante do que a eleição do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa", disse Dirceu na semana passada.

Em uma longa exposição dos planos do PT para um governo Dilma, Dirceu atiçou os radicais com velhas palavras de ordem ao prometer "aprofundar as mudanças", conclamando a audiência a se esmerar na "organização popular" e aumentar a "consciência e a educação política". Se a múmia de Lenin, ainda bem conservada e muito visitada em seu mausoléu moscovita pudesse falar, usaria as mesmíssimas expressões de Dirceu. A múmia fala pela boca de Dirceu e dos radicais. Petista adora um conselho. Em russo, conselho é soviet, daí o nome da falida União Soviética. Dirceu pertence a uma facção petista que se intitula Campo Majoritário, bolchevique em russo. Lenin era bolchevique. Seus inimigos formavam o grupo menchevique, o Campo Minoritário.

Depois de homenagear Lenin, José Dirceu chegou ao ponto fulcral do processo de dominação dos menchevique - nós, os demais brasileiros, os sem partido, a minoria que estuda, trabalha e paga impostos -, que consiste em calar a imprensa livre. Dirceu disse que "a mídia é monopolista", "representa o poder econômico" e "abusa do direito de informar". São acusações emanadas de múmia moscovita, que tinha total clareza sobre essa questão. Disse Lenin: "Por que deveríamos aceitar a liberdade de expressão e de imprensa? Por que deveria um governo, que está fazendo o que acredita estar cert, permitir que o critiquem? Ele não aceitaria a oposição de armas letais. Mas ideias são muito mais letais que armas". Intrigado com a obsessão do PT por calar a imprensa? Lenin explica

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