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12 de setembro de 2010

Pior momento dos empresários na era Kirchner

Ensaios de um futuro próximo para o bando de empresários oportunistas, safados, que acreditam mesmo que passarão incólumes pelo governo esquerdopata (altamente doentio) de Dilma. Aprendam: fidelidade é coisa de cachorro! – Por Arthur (FDS)

Produção cai e governo argentino se alia a sindicalistas da CGT em queda de braço com os industriais do país

Semanalmente, autoridades e técnicos da União Industrial Argentina (UIA) se reúnem para debater a situação econômica do país. Porém, nas últimas semanas, disse ao GLOBO um economista que participa dos encontros, o tema principal da agenda foram os ataques da Casa Rosada e seus aliados, com destaque para o secretário-geral da Central Geral de Trabalhadores (CGT), Hugo Moyano, contra os industriais. Apesar de o país estar crescendo (a UIA projeta uma alta do PIB de até 6% este ano), os empresários argentinos vivem o pior momento de sua relação com o governo Kirchner. Por Janaína Figueiredo



Os meses de inverno foram duros, com constantes cortes no fornecimento de gás que afetaram cerca de 300 grandes empresas. Resultado: a produção industrial recuou 2,3% em julho passado, frente ao mês anterior. Além de limitações como esta, que afetam diretamente a produção, os industriais passaram a ser alvo de uma ofensiva liderada por Moyano e respaldada pelo governo.

Semana passada, o presidente da UIA, Héctor Méndez, criticou um projeto da CGT que prevê a participação dos trabalhadores argentinos no lucro das empresas e assegurou que se a proposta for implementada “o país se parecerá a Cuba”. Em vez de mediar no conflito, o Executivo apoiou publicamente a medida, que deverá ser apresentada nos próximos meses no Congresso.

Além do apoio do ministro do Trabalho, Carlos Tomada, o expresidente Néstor Kirchner disse que o projeto protege um direito dos trabalhadores.

Em meio à tensão, o sindicato dos caminhoneiros, liderado por Pablo Moyano, filho do secretário-geral da CGT, anunciou novos bloqueios a uma fábrica da multinacional Tenaris (líder mundial no setor de tubos de aço) na província de Buenos Aires.

O sindicato acusa a empresa de não respeitar direitos e acumular dívidas com os caminhoneiros que transportam seus produtos. A Tenaris diz que as empresas de transporte são terceirizadas e, portanto, são as responsáveis pela situação trabalhista dos caminhoneiros. O Globo


GOVERNO PRESSIONA EMPRESAS EM VEZ DE MEDIAR CONFLITOS
A disputa entre a Tenaris e o Sindicato dos Caminhoneiros é um exemplo da inclinação do governo argentino pelo movimento sindical. Ativistas liderados pelo presidente do sindicato, Pablo Moyano, filho do secretário-geral da Central Geral de Trabalhadores (CGT), Hugo Moyano, realizaram bloqueios contra fábricas da multinacional, acusada pelo sindicato de violar direitos trabalhistas.

Mas, em vez de tentar conter a ação do poderoso sindicato e mediar um acordo, o governo Kirchner fortaleceu a figura de Moyano.

— A empresa (Tenaris) deve regularizar a situação de seus trabalhadores — declarou o ministro do Interior, Florencio Randazzo.

A Tenaris pediu ao governo que não permita “práticas ilegais e abusivas dos caminhoneiros, que afetam seriamente o desenvolvimento, o investimento produtivo e o clima de negócios na Argentina”. Se o conflito não se resolver, os caminhoneiros prometeram novos bloqueios a fábricas da Tenaris a partir da próxima terça-feira.

Briga com Clarín criou clima de insegurança empresarial Na visão do analista político Carlos Fara, a decisão da Casa Rosada de reforçar o ataque ao grupo Clarín, dono dos principais meios de comunicação do país, criou um clima de medo entre os empresários, aprofundado pela ofensiva de Moyano. Além de secretário-geral da CGT, o líder dos caminhoneiros é presidente do Partido Justicialista (PJ) na província de Buenos Aires.

— Os empresários consideram inoportuna a briga com o “Clarín” e temem ser a próxima vítima de Kirchner — diz Fara. — A sensação é de que, se o governo se atreveu a atacar o principal grupo de comunicação da Argentina, é capaz de tudo.

Os empresários não falam abertamente sobre suas disputas com o governo Kirchner. Mas em conversas informais se atrevem a questionar duramente a política e, sobretudo, o estilo do casal K.

— Nossa economia está crescendo e não faz sentido abrir tantas frentes de conflito ao mesmo tempo — aponta um industrial, que pediu para não ser identificado.

Nos corredores da União Industrial Argentina (UIA), a preocupação é crescente: — Kirchner já está em campanha para as presidenciais de 2011 e sua aliança com Moyano é fundamental para o projeto de poder do governo — analisa um membro da Câmara Empresarial.

Segundo ele, a Casa Rosada está cometendo erros gravíssimos, porque essa atitude está afastando investimentos.

— (Os Kirchner) perdem tempo brigando com o “Clarín” e não se preocupam com a inflação, que está prejudicando a classe média e a competitividade de nossas empresas no mundo — lamenta o membro da UIA. Por Janaína Figuereido - O Globo

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