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9 de outubro de 2010

Brasília silencia; Garcia "torcia por Morales”

O Itamaraty e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva silenciaram ontem sobre a escolha do dissidente chinês Liu Xiaobo para o Prêmio Nobel da Paz.

Até o fechamento desta edição, nenhuma nota ou comunicado oficial haviam sido divulgados pelo Ministério de Relações Exteriores e pelo Planalto; Lula e o chanceler Celso Amorim não fizeram comentários públicos. Já o assessor especial para Assuntos Internacionais do governo, Marco Aurélio Garcia, disse desconhecer o dissidente chinês e que estava torcendo por outra pessoa. "Não tenho a menor informação sobre ele. O meu candidato era outro, o presidente [da Bolívia] Evo Morales", disse Garcia. Por Simone Iglesias


Morales está sendo criticado na Bolívia por ter sancionado lei que define punições econômicas e até o fechamento de veículos de comunicação que publiquem conteúdo que seja considerado racista pelo governo.  – Folha de São Paulo


PARA ESCONDER PRÊMIO, CHINA BLOQUEIA MIDIAS
O governo chinês montou uma operação para tentar bloquear a notícia de que um preso político do país havia sido o vencedor do prêmio mais prestigiado do mundo.

Logo após o anúncio, por volta das 17h em Pequim, os sites Baidu, o mais popular da China, e Google não aceitavam a busca com o nome de Liu Xiaobo, "Prêmio Nobel" ou "Prêmio da Paz".

Aparecia mensagem dizendo que a pesquisa contrariava "a lei e o regulamento". Em sites de notícias, só havia declarações da Chancelaria chinesa.

Segundo relatos, até telefones celulares foram impedidos de enviar mensagens de texto com o nome do dissidente.

No Twitter, que é bloqueado na China mas pode ser usado via VPN (rede privada virtual de internet) do exterior, surgiram relatos de que internautas teriam sido presos em Pequim e Xangai após elogiarem o Nobel. Na CNN e na BBC, acessíveis por serviços de cabo disponíveis principalmente em condomínios de luxo, o sinal era cortado durante reportagens sobre a nomeação. (FM)

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