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11 de outubro de 2010

Dilma a TV católica: sou contra aborto, mas realidade é outra

Dilma disse hoje, mais uma vez, ser contra o aborto, mas que pretende atender e cuidar de meninas que recorrem a práticas “que a gente não apóia”. Afinal, qual é a prática que a candidata apóia? É aquela que “virou boato”? Por Arthur

(Reuters) - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, procurou nesta segunda-feira se posicionar mais uma vez contra o aborto e prometeu que, se eleita, não enviará "nenhum projeto transformando legislação" sobre o tema. Mas ressaltou que existe uma realidade que precisa ser enfrentada.

"Eu, pessoalmente, sou contra o aborto... porque é uma violência contra a mulher e eu sou a favor da vida", disse Dilma, em entrevista à Rede Aparecida. Reuters/Brasil Online Por Alexandre Caverni


"Agora... há um fato muito grave que acontece. Meninas jovens grávidas e mulheres jovens grávidas, sem marido e sem família, ou uma família muito desestruturada, que recorrem a práticas que a gente não apoia, mas a gente tem que reconhecer que existe", acrescentou. "Eu pretendo atendê-las, eu não vou prendê-las, vou cuidar delas."

O aborto foi um dos temas religiosos que afloraram na reta final da campanha e que, segundo avaliação de analistas e da própria equipe da candidata, custaram votos importantes em setores evangélicos e religiosos. Antes da campanha, Dilma defendeu a descriminalização do aborto.

A petista aproveitou para reclamar uma vez mais ter sido vítima de uma campanha onde não houve "uma discussão franca, olho no olho, em que as pessoas falam e as outras respondem".

E defendeu que seja feita uma mobilização nacional para valorizar a vida e reduzir os abortos realizados por quem não vê perspectiva para seus futuros filhos, por meio do fortalecimento dos laços familiares e mecanismos religiosos.

"Acho que as religiões todas podem dar uma contribuição de a gente criar uma proteção para explicar para essas pessoas que pode sim criar o filho, que pode sim educar o filho, que ele não vai ser abandonado."

A petista reconheceu que, numa campanha, é preciso discutir além de propostas também valores, entre eles os religiosos, e argumentou que uma pessoa com fé pode governar melhor.

"Não acho que está proibido que alguém que não tenha fé ser presidente do Brasil, mas quem tem fé, eu parto do princípio que tem valores éticos, que tem compromissos éticos maiores, aqueles, por exemplo, que Cristo pregava, com os mais pobres." Extra

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