Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás enrolado em fraude de 157 milhões de euros num banco alemão, e Vladimir Muskatirovic, chefe de Gabinete da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, acusado de extorsão, têm algo em comum. Cardeal preside o Conselho de Administração da Norte Energia, empresa bilionária que vai implementar a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e Muskatirovic é um dos seus mais influentes membros.
Eles são de casa - Valter Cardeal e Vladimir Muskatirovic foram indicados pela Casa Civil para integrar o Conselho de Administração da Norte Energia.
Ligação estreita - Valter Cardeal é tão ligado a Dilma Rousseff que até já se especulou que os dois viviam um romance, o que jamais foi confirmado. Cláudio Humberto
Eletrobrás sob suspeita
O PSDB e o DEM acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR), ontem, pedindo investigação sobre denúncia revelada pela revista Época de que uma empresa subordinada à Eletrobras teria sido usada para concessão de garantias de empréstimo externo para empresa privada de forma fraudulenta.
Por trás do esquema estaria Valter Luiz Cardeal Souza, presidente do Conselho de Administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), ligado política e profissionalmente à candidata petista Dilma Rousseff.
De acordo com a reportagem, o banco de fomento controlado pelo governo da Alemanha Kreditanstalt für Wiederaufbau (KFW) estaria movendo um processo por danos materiais e morais contra a CGTEE por causa de um empréstimo internacional no valor de 157 milhões de Euros para a construção de sete usinas de biomassa de geração de energia no Rio Grande do Sul e no Paraná.
A CGTEE teria dado as garantias ao banco de fomento alemão, em março de 2005, para a empresa Winimport construir as usinas. A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe empresas do governo de serem fiadoras de empréstimos internacionais a empresas privadas.
Autores da representação, congressistas do DEM e do PSDB também pedem que a PGR esclareça se houve favorecimento aos negócios do irmão de Cardeal. Como a Folha de S. Paulo consultor de empresas que investem em energia eólica, setor coordenado pelo aliado de Dilma.
CASA CIVIL
Os partidos de oposição apresentarão ainda um adendo a uma primeira representação movida contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Neste pedido, DEM e PSDB pediram investigação das denúncias feitas pela revista Veja pelo jornal Estado de S.Paulo que Erenice e o filho dela, Israel Guerra, teriam feito tráfico de influência na intermediação de contratos com o governo. No adendo, os partidos pedem a inclusão de novas informações contidas em reportagens da revista Veja Dilma foi investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por contrato sem licitação no Ministério de Minas e Energia. Jornal de Brasília
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