Assistimos a cenas dignas da SS nazista, com a militância petista acampada em frente à gráfica de São Paulo, enquanto a PF aprendia o material encomendado pela Diocese de Guarulhos – diga-se, por meio de uma transação comercial "completamente lícita".
Enquanto isso, Dilma e sua turma se encarregavam de acusar falsamente o PSDB. A candidata enxergou "crime" nos folhetos da Igreja, tentando envolver o nome de José Serra. Enquanto os petistas agiam com a mais pura má-fé e cinismo, a pelegada da CUT tratava de imprimir uma revista custeada com o nosso dinheiro - bancada pelo BB e Petrobras. Mais uma afronta à lei, que proibe que sindicatos apoiem candidatos.
Claro que não podemos observar os fatos como uma simples guerra entre panfletos. A atitude autoritária do PT, está sim é criminosa, truculenta e mentirosa. Se eles metem os pés em nossa porta, desde já, o que não farão depois? Por Arthur
Homônimo leva sigla a fazer acusação falsa contra PSDB
O PT fez uma acusação contra o PSDB que depois se mostrou falsa na entrevista coletiva realizada ontem sobre os panfletos anti-Dilma Rousseff (PT) apreendidos na véspera em São Paulo.
O deputado estadual Antonio Mentor (PT-SP) disse que Paulo Ogawa, o pai de um dos sócios da Editora Gráfica Pana, onde os panfletos foram impressos, havia obtido do candidato José Serra (PSDB) o cargo de assessor do Ministério da Saúde em 2000, quando Serra era o titular da pasta.
Mentor chegou a mostrar, em seu celular, a página do "Diário Oficial" da União da época que trazia a nomeação de Paulo Ogawa.
No entanto, trata-se de um caso de homônimos.O pai do sócio da gráfica onde foram impressos panfletos contra Dilma tem o mesmo nome de um servidor da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que é ligada ao Ministério da Saúde.
O funcionário da Funasa se chama Paulo Massacazu Ogawa. Ele é contador e trabalha para o governo federal há cerca de 30 anos. Mora em Curitiba. "Não tenho nada a ver com essa história de gráfica", explicou por telefone.
CONFUSÃO
A nomeação de 2000 foi para um cargo comissionado que ele ocupou, de acordo com o Ministério da Saúde, até 2003. Ele continua trabalhando na Funasa.
O objetivo do PT era mostrar mais um elo entre os folhetos clandestinos apreendidos pela polícia e a campanha presidencial do PSDB. A outra sócia da gráfica, Arlety Kobayashi, é filiada ao PSDB e irmã de um dos coordenadores da campanha de Serra.
A acusação do PT chegou a ser publicada por sites de notícias na tarde de ontem. Procurado depois pela Folha, Mentor disse que se confundira com os nomes: "Não houve má-fé. Os nomes são quase iguais e os dois são contadores. Minha intenção não era criar constrangimento. Era esclarecer". (RW) - Folha de São Paulo
BB e Petrobras custeiam revista da CUT pró-Dilma
TSE proíbe circulação sob a alegação de que sindicato não pode fazer campanha.
Na edição deste mês, "Revista do Brasil" traz na capa reportagem que saúda possibilidade de vitória da candidata
Proibida de circular pela Justiça Eleitoral pelo conteúdo favorável à campanha de Dilma Rousseff (PT), a edição deste mês da "Revista do Brasil", vinculada à CUT (Central Única do Trabalhador), teve anúncios pagos por Petrobras e Banco do Brasil.
A estatal e o banco confirmam que são anunciantes da revista, mas se recusaram a informar o valor repassado.
Ontem, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Joelson Dias determinou a interrupção da circulação da revista, cuja tiragem é de 360 mil exemplares mensais. O responsável pela publicação, Paulo Salvador, disse, porém, que todas as revistas já foram distribuídas.
O entendimento do ministro é que a publicação faz defesa aberta da candidatura de Dilma. Pela Lei Eleitoral, sindicatos não podem contribuir direta ou indiretamente com campanhas políticas.
A decisão atende a um pedido da coligação de José Serra (PSDB). O mesmo ministro do TSE aplicou multa a Serra e ao diretório tucano na Bahia em julho por propaganda antecipada em maio.
Diz o TSE: "A representante noticia e traz elementos que demonstram a divulgação, por entidade sindical, ou criada por sindicatos, de mensagens de conteúdo aparentemente eleitoral, em publicações que distribuem e também em seus sítios na internet, o que, ao menos em tese, configuraria violação ao inciso da Lei Eleitoral".
A edição barrada traz uma foto de Dilma na capa sob o título "A vez de Dilma - o país está bem perto de seguir mudando para melhor".
Há, inclusive, foto de Dilma cumprimentando Marina Silva (PV) em evento com o presidente Lula. Também inclui reportagem sobre a derrota de oposicionistas da "velha guarda" no Senado.
Em meio à atual polêmica religiosa, a edição traz o bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentini, enaltecendo Lula e lembrando que Dilma é sua candidata.
A despeito da decisão do TSE, o conteúdo da revista estava na internet ontem. O "conselho diretivo" da revista é formado por dirigentes da CUT e filiados ao PT, como o presidente da central, Artur Henrique, e Maria Izabel Noronha, a Bebel, que comandou greve de professores contra Serra.
A revista é produzida pela Editora Gráfica Atitude, administrada em rodízio pelos presidentes em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos e do Sindicato dos Bancários. Já estiveram à frente da empresa, por exemplo, o deputado estadual eleito Luiz Cláudio Marcolino (PT), aliado do deputado federal Ricardo Berzoini (PT), e o vice-presidente da CUT, José Lopez Feijóo, membro do "Conselhão" do governo federal. Folha de São Paulo
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