Enquanto Lula da Silva acha “estranha” a denúncia do presidente Uribe contra a Venezuela, Obama defende a criação de uma comissão especial para investigar as denúncias apresentadas pelos colombianos. O governo dos Estados Unidos quer participar das negociações para um acordo entre a Venezuela e a Colômbia. As informações são do Departamento de Estado norte-americano. Para o porta-voz do Departamento de Estado, Philipe J. Crowley, as supostas provas da existência de guerrilheiros colombianos em território venezuelano, apresentadas pelo governo de Álvaro Uribe, mostram que “foram graves acusações baseadas em fatos”.
Segundo Crowley, a decisão do presidente Hugo Chávez de romper relações diplomáticas com a Colômbia, é sinal de “petulância” do venezuelano. “Isso é lamentável. É uma resposta infeliz. Cortar relações com a Colômbia foi uma resposta petulante da Venezuela. Esperamos por uma resposta mais construtiva por parte da Venezuela”, disse ele.
Em seguida, Crowley afirmou: “[É um assunto que] merece uma investigação mais aprofundada. Apoiamos a Colômbia e incentivamos a criação de uma comissão de verificação internacional para visitar e examinar dentro dos próximos 30 dias os campos identificados.”
Perguntado sobre a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o caso seja discutido em uma sessão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o porta-voz rebateu. Segundo ele, o assunto deve ser abordado pela OEA. “Eu acho que seria uma exceção [discutir o assunto em nível de Unasul, e não na OEA]. Somos um forte apoio na OEA. Pensamos que deveria haver uma investigação”, disse ele.
Para Crowley, a Venezuela deve prestar esclarecimentos à comunidade internacional mediante as informações apresentadas pela Colômbia. “A Venezuela, entre outros Estados da região, tem responsabilidades muito claras no combate ao terrorismo e também deve apoiar os esforços no âmbito da OEA e das Nações Unidas”, afirmou.
As tensões entre a Venezuela e a Colômbia se agravaram na última quinta-feira (22), depois que Chávez anunciou o rompimento das relações entre os dois países. A medida foi uma resposta ao governo do presidente Uribe.
Chávez tomou a decisão após a iniciativa do embaixador da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Alfonso Hoyos, que mostrou, em sessão extraordinária do órgão, fotografias, vídeos e testemunhos para comprovar a existência de 87 acampamentos e 1.500 guerrilheiros em território venezuelano.
Observação: Acho que acertei, em cheio, na minha análise sobre o assunto.
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