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22 de julho de 2010

Petista: impostos não poderão cair de imediato


A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, admitiu ontem que, num eventual governo, não poderá, de imediato, reduzir a carga tributária tão criticada pela classe produtiva. Em vários momentos da entrevista ao programa "3 a 1", da TV Brasil, Dilma disse que é impossível reduzir a carga tributária por decreto, sem atingir estados e municípios. Repetiu que o sistema tributário brasileiro é caótico e que é preferível, a exemplo de países europeus, melhorar a relação entre impostos arrecadados e aplicação em serviços. Na entrevista, Dilma disse que é a favor da redução da carga, mas não tem como fazer isso sem prejudicar os entes federados.


Ao ser perguntada se achava possível abrir mão do atual bolo tributário, hoje em cerca de R$ 500 bilhões, afirmou: - De forma imediata, não tem como. O problema é melhorar a relação da arrecadação com os serviços prestados. Sou a favor da redução tributária. Na crise, reduzimos o IPI. Mas não há como, num passe de mágica, reduzir a arrecadação sem afetar os repasses para os entes federados. "Temos uma estrutura tributária caótica"

A candidata não respondeu se considerava a carga tributária hoje existente no Brasil, em torno de 35% do PIB, alta ou baixa.

Disse que o que há é um conflito distributivo e que é preciso olhar se os recursos tributários são bem investidos. Uma eleitora, por e-mail, perguntou o que poderia ser feito para equilibrar a cobrança de impostos entre ricos e pobres, que pagam mais.

Dilma respondeu em outra direção, dizendo que era preciso informatizar mais as empresas para reduzir a economia informal, para que a base de arrecadação fosse ampliada.

- Temos uma estrutura tributária caótica - disse Dilma, alertando ser necessário reduzir a incidência sobre folha de salários. - Mas é impossível, por decreto, eu dizer que vou reduzir todos os impostos. Isso quebraria estados e municípios. Uma reforma tributária não se faz do dia para a noite.

Sobre a redução da jornada de trabalho, ela disse que o tema precisa ser amadurecido na sociedade. E sobre grandes fortunas, disse que taxar é inócuo: - Não há nenhum indicador de que a tributação das grandes fortunas traga grandes benefícios. (Maria Lima e Gerson Camarotti) - O Globo

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