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7 de setembro de 2010

Carlos Montaner alerta que Cuba vai agir para tentar impedir a derrota de Chávez

O escritor e jornalista revelou que a manipulação eletrônica das urnas e a alteração dos resultados eleitorais é feita a partir de Cuba

Miami - O escritor cubano exilado Carlos Alberto Montaner, afirmou hoje que "o  maior temor” do Governo cubano é que o presidente Hugo Chávez perca o poder, pelo que "faria qualquer coisa", incluindo a fraude eleitoral, para impedir que isto aconteça.

Quando lhe perguntaram se Cuba aceitaria uma derrota de Chávez, Montaner (Havana, 1943), afirmou em uma conferência em Miami (EUA), que o castrismo está disposto a levar a cabo qualquer ação para impedir sua saída do poder, até o ponto de promover a "fraude eleitoral" e a "intimidação dos opositores" venezuelanos, informou a EFE.



O escritor e jornalista revelou que a manipulação eletrônica e a alteração dos resultados eleitorais é feita a partir de Cuba, "onde há uma notável Universidade de Ciência da Informação", daí a insistência na "utilização de urnas eletrônicas na Venezuela".

"Há bastante tempo os dois países estão unidos por fibra óptica capaz de transmitir um grande volume de dados. As fraudes são cometidas em Cuba, para evitar as indiscrições dos venezuelanos", disse Montaner.

Ele acrescentou que o “maior temor” do governo cubano é que Chávez perca o poder, um cenário que ele "não descarta", dado que o apoio ao chavismo “é cada vez mais precário” e "seu prestígio está despencando".

"A informação que Havana tem sobre as próximas eleições ao Parlamento venezuelano, que se realizam este mês, revela que a oposição tem uma vantagem substancial", assegurou Montaner durante a conferência organizada pela Fundação Educativa Carlos M. Castaneda, Patrimônio Cultural Cubano e Instituto de Estudos Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami (UM).

Sob o título de “Para os Castro, a Venezuela é uma vaca de tetas inesgotáveis", o escritor referiu-se a várias conversas com diplomatas em Cuba e Venezuela, empresários que viajam a ambos os países, bem como com familiares de membros da nomenclatura.

Neste contexto, Montaner destacou que o desaparecimento dos subsídios venezuelanos a Cuba, sob a forma de petróleo e petrodólares, significaria o retorno da ilha ao "paleolítico" e a uma "etapa de fome."

Em sua opinião, a situação que viveria Cuba, se ocorrer a queda de Chávez, "seria pior do que quando desapareceu os subsídios soviéticos no início da década de 90, já que a "dependência econômica da ilha é absoluta".

O certo é que “os dois governos se necessitam”, aprofundou Montaner: para os Castro, “a Venezuela é uma vaca com tetas inesgotáveis”, um país cujos enormes recursos são absorvidos para sua própria subsistência.

Portanto, o governo cubano necessita “sustentar Chávez no poder a qualquer preço”.

Em troca, o mandatário venezuelano recebe “a inteligência militar que lhe permite manter-se no poder", já que Chávez "só confia nos cubanos".

"Quase todos os presos políticos na Venezuela são o resultado de investigações, cálculos e recomendações cubanas", incluindo o caso do general Raúl Baduel, ex-ministro da defesa do presidente venezuelano acrescentou.

Cuba desenhou vários "planos de contingência para evacuar os cubanos no caso de o chavismo perde o poder", revelou o co-autor do "Manual do Perfeito idiota latinoamericano".

Sobre a avaliação que Raul Castro tem de Chávez, Montaner que disse o presidente cubano “não sente respeito” por ele, porque “suspeita de sua inteligência e do seu valor pessoal" e “tem grandes dúvidas quanto ao seu destino final”.

Fonte: El Universal, Venezuela – via referenciadigital. – Tradução de Arthur (FDS)

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