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4 de setembro de 2010

Se “todos os sistemas são violáveis”, os votos eletrônicos também são

Ontem, depois de ouvir a confissão assustadora do ministro Mantega, de que não estamos a salvos com NENHUM Sistema, a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Sistema de votação das urnas eletrônicas, às quais já disse outras vezes: não confio, não confio, não confio!

Nem precisei redigir sobre o assunto, pois o pessoal do “Movimento Voto Nulo” já levantou a bola. Estou reproduzindo o material deles não porque seja favorável ao movimento, em si, muito pelo contrário — voto nulo não serve para enfrentar dentaduras e crack — , mas sim, porque procede a desconfiança, ainda mais agora que o ministro entregou a senha do que poderá vir a ser esta eleição. Por Arthur (FDS)


O texto: Ministro Mantega: "Todos os sistemas são violáveis!" - Considero bastante oportuna esta colocação, vinda de um Ministro de Governo, e transporto para a questão do sistema de votação eletrônica uma vez que muitas pessoas questionam sobre a segurança do sistema eletrônico de votação. Por Marcos Borkowski



O Ministro Guido Mantega afirmou ontem, em entrevista coletiva realizada em São Paulo, que não há sistema inviolável, se referindo ao fato que ocorreu com a quebra de sigilo fiscal de alguns cidadãos.

Por existir este pequeno fio de dúvida é que levanto estes questionamentos. Se é possível violar outros sistemas, invadir a privacidade das pessoas, então porque não podem manipular a vontade real do cidadão ? Será que ao votar o seu voto está expressando mesmo a sua vontade ou será que ele está sendo desviado para a manutenção da vontade de outrem?

Os técnicos do Tribunal Superior Eleitoral negam esta afirmação e garantem a segurança em um nível de cem porcento. Mas ora, não é esta a opinião de diversos programadores de informática, hackers, etc., não somente do Brasil, mas do mundo, e a questão que colocamos para você leitor é de que forma os responsáveis podem nos garantir que os votos, em hipótese alguma, seriam desviados e expressassem de fato a vontade do cidadão? Existem dúvidas sim quanto a isso e é preciso iniciativas no sentido de dirimi-las sob pena de termos as nossas vontades desvirtuadas nas urnas.

Um fato a ser considerado e que nos chama bastante a atenção vem dos países do primeiro mundo que simplesmente se negam a utilizar tal método de votação. Então, será que devemos simplesmente nos furtar de considerar estas opiniões ou considerá-las como vindas de pessoas atrasadas, ignorantes ou nos conscientizarmos de que de alguma forma pode sim ocorrer o desvio de alguns votos para a manutenção do regime político brasileiro do qual, pela corrupção existente, pairam sempre inúmeras dúvidas?

Não podemos contestar que os países do primeiro mundo são infinitamente superiores tecnologicamente. Será então que eles cometeriam um engano assim tão grotesco? Para muitos, este questionamento não deve sequer ser cogitado, é banalizado inclusive, mas a questão aqui não é a opinião deles e sim a dúvida que nos causa, pois se existe a possibilidade de desvio, então ninguém pode garantir que é a expressão do povo que está sendo refletida nas urnas. Neste país onde a corrupção corre solta, onde apenas alguns poucos estão cobertos de altos privilégios, quem pode garantir que não ocorre um método de manipulação de votos para a manutenção das regalias? E mudar este sistema de votação para que a garantia e certeza dos resultados fosse incontestável, poderia causar mudanças radicais e destronar alguns interesses obscuros que existem. Mas será que estes permitiriam tal mudança?

Por existir este pequeno fio de dúvida é que levanto estes questionamentos. Se é possível violar outros sistemas, invadir a privacidade das pessoas, então porque não podem manipular a vontade real do cidadão ? Será que ao votar o seu voto está expressando mesmo a sua vontade ou será que ele está sendo desviado para a manutenção da vontade de outrem? Será que a cada número de votos depositados, uma certa porcentagem não é desviada ? “Ah, mas os peritos do governo garantem a confiabilidade do sistema!” Mas não podemos considerar tão somente as afirmações destes já que são subordinados ao próprio governo e ao sistema. Para você que se interessa, é importantíssimo que passe a considerar estas questões, pois você pode estar sendo lesado se tal fato ocorre. Você confia na classe política? Você confia no sistema ? Se como no meu caso, te surge a dúvida, então já somos dois a considerar que podemos estar sendo enganados.

Defendo que o sistema eletrônico possa ser mantido, mas apenas no sentido de termos uma prévia bastante antecipada dos resultados, mas jamais que ele sirva para nos fornecer os resultados finais e oficiais. O resultado que pode nos garantir certeza absoluta da expressão da nossa vontade é o depositado em cédulas de papel, em contagem manual, como nos primórdios. Um pouco mais trabalhoso? Sim, realmente é. Mas prefiro isto a permitir a mínima possibilidade de que outros interfiram na minha vontade, na minha vida, e isso seria uma das práticas mais criminosas já vista na história considerando que milhões e milhões sofrem as conseqüência pelo regime vigente, pagando com seus bens materiais, com sua saúde e até mesmo com as suas vidas. Por Marcos Borkowski do Blog do Movimento Voto Nulo

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto, infelizmente nossa democracia corre sério risco, vejam este site com varias comprovações das fraudes nas urnas www.fraudeurnaseletronicas.com.br

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