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23 de outubro de 2010

Brasil argentinizado

Ninguém tem dúvidas do insuflado ego do presidente Lulla que o leva a pensar ser o descobridor do Brasil e o criador de tudo que de bom existe neste país. Até aí tudo é passível de aceitação, mesmo que sabendo ser um comportamento não muito compatível com um ser normal, equilibrado.

Ao se deixar levar pela irracionalidade de seus atos, o presidente se enquadra, por livre e espontânea loucura, no rol dos que a vaidade e a prepotência fazem submeter-se a irracionalidade e a soberba ao ponto máximo de se nivelar ao filho de Deus. Mais, este a ele, Lulla, ao dizer que Cristo tinha barba igual a dele. O desequilíbrio daquele que deveria ser um exemplo de postura, dignidade moral e ética, até em razão do cargo que ocupa, está se tornando um agitador e promotor de um momento de risco ao processo de estabilidade emocional da população no período eleitoral. Por Raphael Curvo


Impõe ondas de terror e ataques bem ao estilo de movimentos radicais, com alta dose de fanatismo, assim como os dominantes no território de seu amigo fundamentalista iraniano Ahmadinejad. O presidente transforma os ditos constitucionais em meras formalidades, assim como faz o outro amigo Hugo Chávez. "O Estado sou eu".

É certo que jamais lhe poderia passar pela cabeça o momento eleitoral atual. É visível o seu sentimento de derrotado, mesmo que ganhe em 31 de outubro. O mito se fez de barro e ainda é possível que se descubra feito de areia. Ao classificar de farsa o acontecimento no Rio de Janeiro em que Serra levou um Ovni na cabeça, Lulla se esqueceu de que havia uma verdade presente no momento do fato, a imprensa. Ao ridicularizar as imagens e indiretamente, atribuir como farsa a matéria jornalística, colocou em cheque a credibilidade de um dos maiores ícones da comunicação mundial que é a Rede Globo. A suspeição da matéria pelo presidente recebeu uma resposta à altura desta emissora de televisão, além de análise de imagem pelo perito de ilibada reputação sobre as imagens do acontecimento. O ataque desferido em Goiás contra o candidato Marconi Perillo foi de uma agressividade ímpar e mostrou o estado emocional em que se encontra o presidente. É inconteste a sua preocupação na possibilidade de destruição de sua imagem forjada no mundo todo e mais ainda, a de maior liderança da América Latina e do Brasil. Alguns comentam que são as contas do governo nas mãos de adversários que fazem Lulla tremer.

Na mesma toada investe contra a imprensa chegando ao ápice de dizer que "enquanto a classe política não perder o medo da imprensa a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país". Leia-se, na sua visão presidencial, aprovação de leis que tolham a atividade de informação dos fatos e se transformem em meros informativos da vontade imperial do presidente, do governo. É a suprema negação da sua história pessoal da qual a imprensa foi o caminho que o construiu e o levou ao lugar em que está: a presidência. Aliás, sobre este assunto acima, me pasma a cumplicidade do povo cearense com o texto aprovado por unanimidade pela Assembléia Legislativa do Ceará. Nota: sem qualquer contestação do domesticado pela Dilma, o Sr. Ciro Gomes.

O que se nota na América Latina é a construção de uma nova teoria política institucional: a ditadura democrática. Ou seja, uma mistura "a la chinesa" na forma de condução do país. Democracia até o limite da rampa do Planalto, no caso brasileiro. Temos vários aspirantes a construção da nova via política e já manifestados, além do Brasil, na Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina. São as linhas traçadas pelo "Foro São Paulo", de orientação cubana. A metodologia de manutenção do poder pelo voto está no discurso inflamado. É uma ação de fazer a eleição presidencial em uma tomada de decisão do eleitor pelo emocional, pela paixão e pelo apelo do que já foi feito ou quase feito e deixam de lado as razões do existir do próximo governo, qual será a sua vocação e condução diante da realidade mundial e brasileira. Pelo exposto, estão "argentinizando" a política no Brasil. gazetadigital

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