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28 de agosto de 2010

“Generosidades” em um país que se gaba por “trocar jegues por motos”

Duas notícias aparentemente sem nexo:

Primeira: Universidades públicas brasileiras receberão 500 estudantes haitianos em outubro, além de fornecer bolsa mensal, passagens aéreas e verbas para acomodação.

Segunda: A história de uma menina que viaja 100 km para chegar à escola todos os dias, enfrentando caminhos de pedra, cruzando com cobras, viajando de balsa, etc. A gente sabe que não é caso isolado, mas a realidade de muitos brasileiros que tentam estudar.


Eu me sinto de saco cheio. Cansei dessas histórias de gente que passa pela vida comendo o pão que o diabo amassou. Já não tenho mais paciência com essa pobreza burra e “orgulhosa”, que persiste por mais que paguemos impostos escorchantes para tirá-los da merda. Já não me comovo mais com histórias de brasileiros que botam as tripas pra fora para enfrentar as mazelas que este maldito desgoverno faz questão de preservar. Fazer o quê, com este povo imbecil que se sente no paraíso porque trocou seu jegue por uma moto? FDS (Arthur)


Deu na Folha de São Paulo
Universidades públicas brasileiras vão receber estudantes haitianos que não têm como estudar após o terremoto que devastou o país no começo deste ano.Até 500 alunos podem passar um ano e meio estudando no Brasil. Os primeiros alunos devem chegar em outubro.

A vinda deles faz parte de um acordo de cooperação para a reconstrução do sistema de ensino da ilha assinado pelos governos brasileiro e haitiano.

Até agora, segundo a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), quatro universidades confirmaram interesse em participar no programa: Unicamp, UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Universidade Federal do Rio Grande do Sul e UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

A Capes também dará uma bolsa mensal de R$ 500 para os estudantes haitianos, além de fornecer as passagens aéreas e uma verba de R$ 500 para instalação no Brasil.
Segundo o secretário de Relações Internacionais da UFSC, Enio Luiz Pedrotti, os alunos terão que cursar o últimos período no Haiti, para garantir que retornem.


Menina viaja 100 km para chegar à escola todos os dias. Santana do Riacho, na zona rural de Minas Gerais, está longe do centro de ensino

Em Santana do Riacho, zona rural de Minas Gerais, uma família tem história de superação para poder estudar: mãe e filha percorrem cem quilômetros todos os dias para que a garota possa aprender.

Elas andam sobre pedras e fazem travessia de balsa. Há cobras no caminho. O dia amanhece e a jornada ainda não terminou. Em determinado ponto, ela pega uma van até a escola. A viagem é cansativa: são cinco quilômetros de terra e 25 de asfalto, mas a paisagem da serra é bonita.

A mãe volta para a casa orgulhosa da filha; para ela, o futuro da garota está em jogo.A menina chega à escola 10 minutos antes do começo da aula. Lá, encontra colegas que fazem o mesmo sacrifício todos os dias.

A escola tem 538 alunos divididos em três turnos, sendo que 22 moram na zona rural. Um dos estudantes sai de casa às 9h30 da manhã, chega ao colégio ao meio-dia, passa a tarde estudando e demora mais duas horas para voltar.

A diretora da escola, Josefina de Freitas, teve infância semelhante.- É uma conquista. A gente chega onde quer chegar.

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