nossa democracia corre risco
assine a petição online aqui


27 de setembro de 2010

Brasileiros necessitam desesperadamente de um campo de refugiados



Tantas vezes publiquei neste blogue sobre as dezenas de doações feitas por Lula a outros países, enquanto que milhares de brasileiros passam por privações degradantes, incluindo a fome.

Notícias de hoje: "Governo brasileiro doa U$ 1 Milhão para ações humanitárias da Cruz Vermelha. Brasil doa U$ 500 MIL para campos de refugiados palestinos".

Ainda ontem, publiquei um texto de Izabelle Torres do Correio Braziliense: Votos em troca de subsistência. Confesso que fiquei comovido. A jornalista retratou um contingente de brasileiros — trapos humanos esquecidos pelo poder público —, sobreviventes das catástrofes em cidades arrasadas do Nordeste, inclusive no DF (vizinhos de Lula). Uma gente que está vivendo sem as mínimas condições de subsistência. A esperança deles é vender seus votos por um prato de comida, por luz no barraco cheio de lama e no meio do esgoto. São brasileiros humilhados que até têm consciência da importância de se votar bem. Mas e dai?



"Nunca falaram tanto em voto bem dado. A gente até sabe e ouve sobre isso. O problema é que para quem não tem um pão para comer todo dia, escolher analisando a história deles fica cada vez mais difícil. Quem sabe um dia essa pobreza não acabe e a gente possa votar direitinho, né?" - diz um deles.

Enquanto isto, o tal “pai dos pobres” não se cansa de abnegar seus próprios filhos para fazer média com outros países. Obviamente, desde que os holofotes estejam direcionados para gravar seu “gesto de bondade” para com as causas alheias. Por Arthur (FDS)


Brasil doa U$ 500 MIL para campos de refugiados palestinos
A doação do governo brasileiro será para a reconstrução do campo de refugiados palestinos de Nahr El-Bared, no norte do Líbano. É o terceiro repasse do gênero em menos de dois anos.

A embaixada do Brasil em Beirute anunciou na semana passada que o governo brasileiro fez uma doação de US$ 500 mil para o campo de refugiados palestinos de Nahr El-Bared, localizado no norte do Líbano. A doação foi feita por meio da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA), que oferece assistência para mais de 4,5 milhões de pessoas.

“O Brasil está contente em participar dos esforços da comunidade internacional para apoiar as ações vitais da UNRWA visando a recuperação tão necessária do Campo de Nahr El-Bared. Essa contribuição reafirma nosso compromisso com o pedido de ajuda do governo libanês, bem como com a Causa Palestina”, afirmou o embaixador brasileiro no país árabe, Paulo Roberto Tarrisse da Fontoura, segundo nota da UNRWA.

O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores do Líbano, William Habib, de acordo com a nota, agradeceu a doação brasileira e chamou os países que apóiam a Causa Palestina para contribuir com a UNRWA. De acordo com informações da UNRWA, o Brasil, em dezembro de 2008, fez uma doação de US$ 200 mil para os refugiados de Nahr El-Bared; e outros US$ 200 mil foram repassados para o fundo geral da agência da ONU em fevereiro de 2009.

A destruição do campo de Nahr El-Bared durante conflito no Líbano em 2007 e a retirada de 27 mil refugiados palestinos do local e áreas adjacentes, segundo a UNRWA, criou uma crise humanitária cujos efeitos ainda estão sendo sentidos três anos depois. Com as doações realizadas desde 2007, a UNRWA conseguiu suprir as necessidades mais básicas dos refugiados que foram retirados do campo.

A reconstrução do campo começou em novembro de 2009. De acordo com informações da UNRWA, dois pacotes de obras estão em andamento e três escolas estão sendo construídas, de um total de seis.

Segundo o pesquisador Roberto Khatlab, que tem livros publicados sobre os laços de imigração entre o Brasil e o Líbano, o Brasil possui uma das comunidades árabes mais importantes do mundo, estimada em 12 milhões de imigrantes e descendentes. Apenas de palestinos, estima-se que a comunidade no Brasil tenha em torno de 60 mil. O número cresceu em 2007, com a chegada de refugiados que viviam na fronteira entre Iraque e Jordânia.

“Este ato do Brasil mostra que ele é um país acolhedor e, apesar das suas dificuldades sociais e econômicas, não deixa de apoiar terceiros em necessidades”, disse Khatlab por email.

O pesquisador disse ainda que a relação Brasil-Palestina existe faz tempo, desde a viagem do imperador Dom Pedro II ao Oriente Médio, em 1876, passando pela Síria, Líbano, Palestina e Egito, quando ele depositou uma soma considerável de seu próprio bolso no Banco Otomano de Beirute, para a educação de órfãos palestinos. Por Marina Sarruf – Agência Brasil


RETRATO DO BRASIL – Trecho da Revista Época (deste final de semana):
Em um país onde 40% dos domicílios não contam nem com a mais rudimentar rede de tratamento de esgoto forçando. Isso significa que quase 90 milhões de brasileiros simplesmente despejam seus dejetos em córregos, rios ou onde for possível.

SEGURANÇA: Segundo um levantamento mundial das Nações Unidas, cerca de 30 brasileiros são assassinados todos os anos para cada grupo de 100 mil habitantes. O México, que agora ocupa o noticiário mundial em virtude da barbárie das gangues de narcotraficantes, registra 11 homicídios para cada 100 mil habitantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário